domingo, outubro 30, 2005

"O mau uso da internet pode gerar problemas na adolescência"

"O mau uso da internet pode gerar problemas na adolescência"

Essa foi uma das proféticas frases citadas numa matéria do Fantástico, sobre uma clínica na China especializada em internação de viciados em internet. Disseram que provoca dissocialização, depressão e dificuldades em se relacionar até mesmo com os pais.
Sábado eu fiquei sem usar a internet. Passei o dia telefonando prá amigos, tentando alavancar minha verba necessária para poder ver o show dos amigos Rock Rocket e Zumbis do Espaço, no Hangar 110. Ah, o Wander Wildner também tocou, mas como vamos abrir show pro Replicantes no começo do ano que vem, deixemos de lado. Liguei prá Lita umas vinte vezes, Feijão, Rangel... não conseguia ver possibilidades de arrumar os tais R$ 15 pro show. Até que a Lita, como minha musa inspiradora que é, disse que pagaria minha parte. Como um passe de mágica, minha mãe me arrumou outros R$ 10. Ou seja: poderia beber umas cinco cervejas e ainda ver as bandas tranquilamente. Maravilha! ...não. O Feijão precisava de R$ 5 prá poder ir. Emprestei. Minha cerveja se reduziu para duas e meia. Chegando lá, tomei as duas cervejas e pouco, entrei no show e fiquei dependendo de esmolas do Hora, Artur (Flicts), André, Peskies (Rock Rocket), Patizinha. Como já dizem os Gramofocas: "um gole aqui, um gole lá". Arrumei umas "fãs MTV" que prometeram uma cerveja se eu apresentasse os Rock Rocket's prá elas. Se eu conseguisse "agitar" o vocalista pra uma delas, ganharia duas. Acabei conseguindo só uma, mesmo.

"Tá, mas o que isso tem a ver com o título do post?"

do ZonaPunk:
"Abaixo estão os nomes dos ganhadores da promoção de ingressos que fizemos no Zona Punk para o show das bandas Zumbis Do Espaço, Wander Wildner, Rock Rocket e Boom Boom Chicks, que acontece neste sábado, 29/10, no Hangar 110.

Taciana Reis de Souza Martins Araújo
Rafael Magalhães
André Luiz de Souza Pinto"

Conclusão: o mal uso da internet pode gerar perda excessiva em cerveja.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Perfection (Perfeição)

Perfection (Perfeição)

What will you do now?
O que você irá fazer agora?
Your idol has fallen into the real life, the real world
Seu ídolo caiu na vida real, no mundo real
So many speechs now
Tantos discursos agora
Has turned into a lost romance - phlosophy of dreams
Tornaram-se um romance perdido - filosofia de sonhos

Dont lead your life chasing something that you know that will not last
Não guie sua vida perseguindo algo que você sabe que não irá durar
And its better, because nothing is forever
E é melhor, porque nada é para sempre
Dont you understand?
Você não entende?

Life is for who have his own
A vida é para quem tem a sua própria
Not to the ones who tries to live an idea of
Não para aqueles que tentam viver uma idéia de
perfection...it dont exist
perfeição...isso não existe
perfection...it dont exist
perfeição...isso não existe
perfection...it dont exist
perfeição...isso não existe
perfection...it dont exist in the real world
perfeição...isso não existe no mundo real

They've turned the table, that was your temple
Eles viraram a mesa, que era seu templo
And now you preach what is right or wrong
E agora você prega o que é certo ou errado
Theres no temptation, theres no frustration
Não há tentação, não há frustração
When you decide, what is done is done
Quando você decide, o que está feito está feito

Cds, foruns, txts
Cds, fóruns, txts
Preopinions, politics
Preconceitos, políticas
Thats how you wanna live?
É assim que você quer viver?
All the colors, all the faiths
Todas as cores, todas as fés
lifestyles, music tastes
estilos de vida, gostos musicais
If its different, its ok
Se é diferente, tudo bem

Deception with what?
Decepção com o quê?
I hope that with yourself
Eu espero que com você
Flags can be changed, erased hand in hand
Bandeiras podem ser mudadas, apagadas de mão em mão
Deception with what?
Decepção com o quê?
I hope that with yourself
Eu espero que com você

Gente, sem brigar, por favor.
Gosto de ambos, gosto de mim, também.
Daremos as mãos e cantemos juntos:
"Kumbaya, oh my lord, Kumbaya...!"

quarta-feira, outubro 26, 2005

Agora vai!

Agora vai!

Segundo o site Business Opportunities, o Acnóide vale $3,951.78.
Podem conferir aqui.

Mas eu faço por US$ 3.500, se o pagamento for adiantado.

domingo, outubro 23, 2005

"Bola" in Jundiaí

"Bola" in Jundiaí

Chegamos na terra da uva por volta das 20:30h de sexta. Lotado. Era só isso que eu pensava quando olhava pro estacionamento do Habbibs, onde era realizado o aniversário da priminha do Feijão: Larissa. Quando conseguimos entrar, já debaixo de chuva, fomos nos sentando na mesa dos velhos antisociais, sempre a melhor. Caipirinha, cerveja, batata frita, esfiha e kibe. Isso me rendeu horas nos mais diversos banheiros da cidade durante 2 dias, mas deixemos o assunto de lado. Larissa chegou como um foguete e me deu um abraço que quase me derrubou da cadeira.

- Boooolaaa!!! Você veeeeio!
- Oi, Larissa! Tudo bem? Parabéns!
- Vem brincar!
- Errr... desencana. Vai brincar...

Ficamos lá até quase meia noite, enquanto chovia torrencialmente. Eu pensei que Jundiaí fosse virar um grande Ades sabor uva, mas conseguimos debandar do local. A mãe do Feijão continuava apontando os defeitos dele enquanto tomávamos cerveja na sala dos seus tios. Muito cerveja, diga-se de passagem. Deitamos, dormimos e acordamos umas 6 horas depois, para o sábado.
Para meu total desespero, as mulheres queriam ir ao shopping. Como o pai da Larissa estava trabalhando, o babaca aqui foi a cobaia. A garotinha de sete anos se dependurava no meu braço, subia nas minhas costas, gritava e pulava enquanto eu revia meus conceitos sobre achar a idéia de ter filho algo plausível. Depois de almoçar, às 4 da tarde, Larissa queria brincar. Inferno...

- Bate-bate! Bate-bate!
- Ah, sua mãe iria reclamar, mas se quiser...
- Não, bate-bate! CARRINHO DE BATE-BATE!
- Eu...eu...não acho uma boa idéia!
- Baaaate-baaate!!! Buáááááá...!!!

E lá estava eu, de bucho cheio, estômago funcionando como uma bomba H e "dirigindo". O Feijão achou super legal soltar flatos no carrinho dele e depois me encurralar num beco prá eu ficar sofrendo mais. Três minutos da mais pura agonia. Mas desgraça pouca é besteira.

- El Condor! El Condor!
- Porra, dessa vez eu não vou! Vai com o Eduardo. (a.k.a. Feijão)
- Mas eu quero ir com você...
- ...
- ...?
- Vai. Casseta.

Mais três minutos literalmente mareado num brinquedo que imita uma barca vicking. Ela berrando, eu quase chorando. "Acabou!" pensei eu. Inocente mancebo. As madames tiveram a belíssima idéia de ir na livraria, ficar vendo livro de auto-ajuda como toda mulher faz. Eis que Larissa, a cruel, desaparece no shopping. E adivinha quem saiu à caça?... Vinte minutos depois ela reaparece chorando e toda aquela coisa que criança faz prá chamar a atenção. Finalmente, CINCO HORAS DEPOIS, fomos prá casa. Ou era o que eu queria que tivesse acontecido. Ainda passamos 2 horas num supermercado fazendo compras prá um churrasco que só começou depois da meia-noite, e claro, comigo no comando. Nem dormir bem eu consegui, com a orca do Feijão roncando e falando a madrugada toda. Ou seja: passei 28 horas acordado, até hoje, domingo.
Ainda tive que ir em três colégios eleitorais para todos votarem. Trânsito, sol, sono... quero dias num spa.

A Larissa pode realmente ter um amor incondicional por mim, mas realmente começo a reconsiderar a idéia de ter filhos. Imagine se vem uns dois, três numa pancada só? Sem contar que prá isso eu preciso de uma mulher também, um perigo.
Não, tá bom assim... prefiro continuar queimando os cílios do Feijão enquanto ele dorme e fazendo a tia dos outros vomitar com minhas historietas bizarras.
Jundiaí, fique longe de mim por uns seis meses, ao menos

sexta-feira, outubro 21, 2005

Finais iguais, histórias diferentes

Finais iguais, histórias diferentes

Ressaqueado mas deveras feliz. Ontem eu tive o prazer de me sentir em 98/99 novamente, assim que cheguei no Hangar 110. Aniversário de 7 anos da casa. Convidados "vips", bebidas e lanches por conta. Cover de Clash prá animar a noite, só pra variar. Sem munhequeiras, bonés estrategicamente tortos, franjas, maquiagem carregada ou mochilas estorvantes cheias daquela coisa que ninguém sabe o que é. Em certo momento eu tive que chegar no Marcão (dono do Hangar) e dar os parabéns. Mesmo o ambiente tendo mudado muito (prá pior e para melhor), ainda é uma missão absurda manter uma casa com aquela estrutura pro tipo de público que ela recebe. Por 7 anos? No Brasil? Virando referência até no exterior? É, ele merece uma festa, mesmo.
Depois de ter tomado uns cinco drinks, duas cervejas e mastigado uns pãezinhos com patê, eu já estava bem calibrado. O Crildo, absurdamente pior do que, me contou que acordou com a cama toda mijada essa manhã. Uma coisa singela demais, que me faz lembrar o Feijão.
Que me faz lembrar que estou indo prá Jundiaí, prá casa dos tios dele. Os mesmos que eu fiz o favor de explodir o microondas, e que por um milagre divino, eles ainda sequer perceberam (porque não usam o aparelho). A casa da menininha linda, porém chatinha, que me chama carinhosamente de "Bola".
A cidade do Fistt. Banda que marcou muita coisa na minha vida e que está voltando.
Dia 04/12, num show conosco no Black Jack. Show esse que, com certeza, estará lotado como o inferno.

E eu adoro vírgulas em demasia, perceberam?

quarta-feira, outubro 19, 2005

Ok, faltam 4 dias

Ok, faltam 4 dias

Antes que me torrem os testículos, eu voto "sim", no tal referendo da proibição de armas de fogo e munição no Brasil. O povo adora mesmo um bang-bang. Quando vai deitar, o sujeito sonha ter um bigode como do Charles Bronson, mas isso passa pela cultura em que fomos criados e é besteira ficar taxando atitudes alheias. Só sei que eu, por ter morado em dois bairros conhecidamente perigosos (Jd. Miriam, e agora, Piraporinha - Santo Amaro), já vivenciei casos de mortes banais pelo uso de armas e, evidentemente, voto contra a repetição dequelas cenas. Sim, conhecidos meus também bateram as botas antes da hora.
O tio aqui, só pede que você, jovem com os hormônios a toda prova, não entre no mesmo balaio da "moçada" que adora ir contra qualquer maré, pois isso é coisa de jovem (sacou, brow?). Punkê!?
Vote "não" por ter argumentos concretos, e não por que seu amigo que come todas menininhas também vota assim.
Vote "não" porque tem uma boa mira, cuidado para não escorregar o dedo, votar "sim" e sair atirando nos mesários por pura revolta.
Vote "não" por acreditar naquela jornalista loira e, com certeza, desempregada há anos, que faz a campanha na televisão.
Esteja convicto. Não me venha com esse papo de "revoltado", que já que os pais votam "sim", você é do contra.
Ou simplesmente vote nulo, como centenas de amigos meus que preferem não deixar nada na reta, nem na linha de tiro.

Ok?
E vai votar, seu merda.

Matéria legal do meu chará, na Folha de S. Paulo.
Sim, fiz o post após ler a matéria dele. Por caras assim, eu resolvi fazer jornalismo.

domingo, outubro 16, 2005

Sobre o referendo

Sobre o referendo

Há algumas semanas atrás, eu estava frequentando o dentista. A brincadeirinha sábia e singela de cuspir sangue quando eu bem entendesse já se tornara uma preocupação com minha saúde. Não era nada legal acordar de manhã com aquele gosto ferroso na boca. Então, achei melhor encarar aquela cadeira acolchoada e reclinável que eu temo desde meus dez anos de idade. Já tinham comentado comigo sobre o dentista. Não sobre ele, claro, mas como foi o Rangel, era sobre a secretária loira, gostosa e mãe de 2 filhos que trabalhava no consultório. Foi com ela que eu conversei pela primeira vez.

- Oi! Er... eu queria passar no dentista...
- Ah, tá! Tem hora marcada?
- Hmmm... não... eu queria mais era fazer uma avaliação.
- O que está acontecendo?
- Eu estou com as gengivas sangrando... direto.
- Ai... tá, eu vou avisá-lo e já te mando subir!

Santa mulher. Subo as escadas uns cinco minutos depois, e lá está o dentista, prá variar, um japonês.

- Olá...! Rafael, não é? Prazer! Doutor Rogério Masakuhinada.
- Ah?! Ah, tá... olha, eu to sangrando faz um tempo... na gengiva.
- Ok, vamos ver... hmmm... periodontite!
- Que bom que não é gengivite!
- Mas é pior, porque essa inflamação pode chegar no osso, e depois...
- Deus! Quanto é?
- Olha, eu encontrei mais duas cáries... você escova os dentes com frequência?
"Ah, sim doutor! Umas 5 vezes por semana, quando não me dá preguiça".
- Sim, escovo! Umas 2 vezes por dia... às vezes uma só, sabe como é né...
- Ah... e fio dental? Usa com regularidade?
"... o que é fio dental?"
- Uso sim...mas só uma vez por dia, de noite...sabe como é né...
- E faz tempo que não vai ao dentista?
- Olha... umas 2 copas do mundo, por aí.

Depois desse dia, comecei o tratamento. Lá se foram 200 mangos, horas de gemidos e suor na cadeira do japa, porque eu tenho pavor de anestesia e não tomei nada prá evitar o sofrimento. Agora já está tudo ok, dentes higienizados, gengiva saudável e tudo aquilo que fingimos nos preocupar sempre.
Ele me fez uma proposta interessante: encapar meus dentes. Calma... quem me conhece, sabe que eu tenho dois dentes que mais parecem cones. Nada de errado, disse ele. Nasceu assim mesmo. Ele pode encapar, e ficar parecendo que sou uma pessoa normal com 21 dedos. Portanto...

O Koelho deve encapar os dentes coniformes?

1 - não
2 - sim

Vota Brasil!

sábado, outubro 15, 2005

Eu...

Eu...

Creio na morte, única amante absolutamente fiel.
Creio na estupidez humana, única força com que se pode contar sempre.
E creio no humor, única forma de encarar a primeira e suportar a segunda.

Ou seja: fingi na hora rir.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Give me Novacaine

Give me Novacaine

O show foi bem legal, pràqueles que não foram. Acho que quebrei meu baixo, então, imagine só.

Estou avisando Houston que temos problemas. Eu tenho problemas. Eu não sei "fazer social". Eu falo o que penso, para quem acho que devo e não consigo engolir hipocrisia. É uma pena pessoas tão legais terem de conviver num ambiente tão nocivo, pelo amor de Deus. O único bispo legal que eu conhecí até hoje, era um negão de quase dois metros de altura que era segurança aqui do condomínio e matava ladrão na base do tapa. Joguei meu barco prá direita, prá esquerda, passei por umas tormentas, mas... abandonei a embarcação.
Gosto muito de ti, pequena, mas não consigo navegar por mares instransponíveis. Os tubarões da sua casa, só para variar, arrancaram minhas pernas. Eu nunca dou lá muita sorte com famílias de namoradas, mesmo. Normal. Eu devo mesmo aparentar ser "uma pessoa perigosa prás filhas dos outros", como já me falaram um dia. Se bem que, foi um prazer enorme desestruturar a sua casa, por três meses, que tenham sido. Mais feliz, mais corajosa, mais independente. Pena eu fazer o gol e perder o jogo, mas creio que isso seja a coisa certa a acontecer.
Sozinha você não está, ok? Mas comigo estaria tudo bem pior.
Cachorro picado por cobra, tem medo até de barbante.

Ouvindo Doped Dog (o melhor cd de bubblegum que eu já ouví): "I love you more than beer".

segunda-feira, outubro 10, 2005

1, 2, 3, 4!

1, 2, 3, 4!

Tá chegando, tá chegando... show no feriado do dia das crianças, da padroeira do Brasil, e provavelmente o último do Seven Elevenz no ano. Isso, porque somos preguiçosos o bastante prá só tocarmos quando somos convidados. Segundo previsões metereológicas, não haverá chuva no dia, o que ajuda você a aparecer. Nem mesmo trânsito, tendo em vista que nesse feriado os carros estão todos estacionados nos shoppings centers ou em igrejas.
O Black Jack não tem nada com o consumismo, muito menos religião, então lá estarás a salvo de stress.
O show só coimeça após as 17h, então você não vai ter desculpa prá falar que "não deu tempo de chegar às 21h", horário que tocaremos.
É mais barato que uma demo do Sluggs, e sete reais não farão tanta falta assim.
E o set-list será esse, já que fui eu que fiz:

Mulambo 2005
Helena
-------------------
Susan is an antisocial
She never Calls
Cutting Onions
-------------------
Huntington
Susan and Helena
Doped Dog
Window Girl
-------------------
Another tour, another trip
Rainbow
Afraid to be alone
Cover
-------------------
Ombro inútil
We're the Sevenz

Claro que na hora, tudo muda. Mas faça de conta que somos organizados.

terça-feira, outubro 04, 2005

O Golias teve sorte

O Golias teve sorte

Ontem eu tive uma experiência no mínimo, bizarra. Estava pronto prá dormir (leia-se de banho tomado, camisa velha esgarçada no pescoço e samba canção cafona), quando me toca o telefone. Pelo horário, já depois da meia-noite, imaginei ser algo importante e, claro, alguma morte na família. Batata! Era um amigo meu, que não via há algum tempo, me falando que um amigo muito próximo da irmã dele tinha falecido. Como? Não sei. Mas tava morto, isso é fato. Nada de família, nem minha nem dele, mas uma situação chata. A irmã dele telefonou pedindo que ele fosse lá prá buscar ela e mais uma amiga. Acontece, que essa amiga da irmã dele é ex-namorada dele e ele não queria encontrar a moçoila sozinho. Bem, a irmã dele estaria junto, mas ela tem mania de cupido. Entendi o recado na hora. Me arrumei, e fiquei esperando ele passar na portaria do prédio prá me buscar. E lá fomos nós: ele de CAMISA FLORIDA E BONÉ, e eu de BERMUDA E CAMISETA DO RAMONES. Ao menos, minha camiseta era preta. Quando chegamos no local, lá naquele cemitério que eu não lembro o nome na Sabará, o clima era péssimo. Os pais do cara que morreu chorando, umas primas mais novas revendo umas fotografias... eu só queria sair dalí o mais rápido possível.
Uns vinte minutos passaram, depois de umas quatro "ave maria" e nada de encontrarmos a irmã do meu amigo, amiga dela, nada! Eu já estava emputecido, quando avisto a irmã dele num canto, falando ao celular:

- Gabi?! Oi, lembra de mim?!
- Rafael!?!? Nossa, o que você está fazendo aqui?
- Ah... eu vim prá te buscar...e...
- Nossa! Você parecia a morte falando isso!
- Hahahahahahahahaha...

E esse meu ataque de riso durou belos 20 segundos, bem alto, prá fazer com que todos do velório me achassem a pessoa mais desgraçada do mundo. Fiquei com cara de joelho por um bom tempo, até a amiga dela aparecer com uma camisa do GRATEFULL DEAD!
Depois disso fomos expulsos por olhares super carinhosos da família do cara e convidados.

Realmente, eu não fui feito prá ocasiões formais.
...E eu acabo de pensar em "formol" ao escrever isso.
Inferno, here I go!