domingo, outubro 23, 2005

"Bola" in Jundiaí

"Bola" in Jundiaí

Chegamos na terra da uva por volta das 20:30h de sexta. Lotado. Era só isso que eu pensava quando olhava pro estacionamento do Habbibs, onde era realizado o aniversário da priminha do Feijão: Larissa. Quando conseguimos entrar, já debaixo de chuva, fomos nos sentando na mesa dos velhos antisociais, sempre a melhor. Caipirinha, cerveja, batata frita, esfiha e kibe. Isso me rendeu horas nos mais diversos banheiros da cidade durante 2 dias, mas deixemos o assunto de lado. Larissa chegou como um foguete e me deu um abraço que quase me derrubou da cadeira.

- Boooolaaa!!! Você veeeeio!
- Oi, Larissa! Tudo bem? Parabéns!
- Vem brincar!
- Errr... desencana. Vai brincar...

Ficamos lá até quase meia noite, enquanto chovia torrencialmente. Eu pensei que Jundiaí fosse virar um grande Ades sabor uva, mas conseguimos debandar do local. A mãe do Feijão continuava apontando os defeitos dele enquanto tomávamos cerveja na sala dos seus tios. Muito cerveja, diga-se de passagem. Deitamos, dormimos e acordamos umas 6 horas depois, para o sábado.
Para meu total desespero, as mulheres queriam ir ao shopping. Como o pai da Larissa estava trabalhando, o babaca aqui foi a cobaia. A garotinha de sete anos se dependurava no meu braço, subia nas minhas costas, gritava e pulava enquanto eu revia meus conceitos sobre achar a idéia de ter filho algo plausível. Depois de almoçar, às 4 da tarde, Larissa queria brincar. Inferno...

- Bate-bate! Bate-bate!
- Ah, sua mãe iria reclamar, mas se quiser...
- Não, bate-bate! CARRINHO DE BATE-BATE!
- Eu...eu...não acho uma boa idéia!
- Baaaate-baaate!!! Buáááááá...!!!

E lá estava eu, de bucho cheio, estômago funcionando como uma bomba H e "dirigindo". O Feijão achou super legal soltar flatos no carrinho dele e depois me encurralar num beco prá eu ficar sofrendo mais. Três minutos da mais pura agonia. Mas desgraça pouca é besteira.

- El Condor! El Condor!
- Porra, dessa vez eu não vou! Vai com o Eduardo. (a.k.a. Feijão)
- Mas eu quero ir com você...
- ...
- ...?
- Vai. Casseta.

Mais três minutos literalmente mareado num brinquedo que imita uma barca vicking. Ela berrando, eu quase chorando. "Acabou!" pensei eu. Inocente mancebo. As madames tiveram a belíssima idéia de ir na livraria, ficar vendo livro de auto-ajuda como toda mulher faz. Eis que Larissa, a cruel, desaparece no shopping. E adivinha quem saiu à caça?... Vinte minutos depois ela reaparece chorando e toda aquela coisa que criança faz prá chamar a atenção. Finalmente, CINCO HORAS DEPOIS, fomos prá casa. Ou era o que eu queria que tivesse acontecido. Ainda passamos 2 horas num supermercado fazendo compras prá um churrasco que só começou depois da meia-noite, e claro, comigo no comando. Nem dormir bem eu consegui, com a orca do Feijão roncando e falando a madrugada toda. Ou seja: passei 28 horas acordado, até hoje, domingo.
Ainda tive que ir em três colégios eleitorais para todos votarem. Trânsito, sol, sono... quero dias num spa.

A Larissa pode realmente ter um amor incondicional por mim, mas realmente começo a reconsiderar a idéia de ter filhos. Imagine se vem uns dois, três numa pancada só? Sem contar que prá isso eu preciso de uma mulher também, um perigo.
Não, tá bom assim... prefiro continuar queimando os cílios do Feijão enquanto ele dorme e fazendo a tia dos outros vomitar com minhas historietas bizarras.
Jundiaí, fique longe de mim por uns seis meses, ao menos

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