segunda-feira, setembro 24, 2007

Nowadays and yesterdays

Nowadays and yesterdays

Ah, quanta inspiração para escrever um post, daqueles bem dignos do Acnóide de outrora. Falar mal das pessoas, contar segredos nunca antes revelados, inventar histórias absurdas que são perfeitamente justificadas... mas não. Vou me privar a tecer comentários sobre o mundo em que vivemos:

- Processos seletivos de empresas, para a contratação de trainees, deveriam passar por alguma malha fina por parte do governo. Em uma prova para o ABN Amro Bank, eu tive desempenho "acima da média", no papel de presidente de um país fictício. Isso é assustador.

- Não basta ser remédio, tem que ser Engov. Depois que descobri esse cover de Corestina, nunca mais minhas noites regadas à alcool foram iguais. Vou propor à Ambev a campanha: entregue quatro tampinhas de cerveja e ganhe um Engov. Imgine que mundo perfeito, incentivando a reciclagem de materiais metálicos e evitando acidentes de trânsito, chifres na namorada e acender o cigarro ao contrário.

- Meu trabalho me convém. Sento no meu novo setor, realizo as ações no computador da mesma forma todo santo dia, saio de lá para dar um passeio em outras repartições, tiro uma com a cara dos superiores e vou para a casa, sem novidade alguma para contar. E ainda me pagam para isso? Ah, Deus existe!

- O Corinthians é igual ex-namorada: só vale a pena se for para lembrar de momentos passados.

- Encontrei meu "outro eu" na televisão, dia desses. Sempre pensei ser o Chandler, de Friends. Tempos depois, me identifiquei com Charlie, de Lost. Mas nunca pensei que pudesse ser tão House.

- Se tudo der certo, dentro de 20 dias estarei na Oktoberfest, meu sonho desde meus 14 18 anos. Em razão disso:

Deixo meu computador para as crianças carentes;
Meu baixo para as crianças carentes;
Meus cds para as crianças carentes;
Meu corpo para pesquisas científicas e doação de órgãos;
Meu celular para meu pai...

E, confesso: eu matei Thaís Grimaldi!
Ass: Antenor Cavalcante

segunda-feira, setembro 10, 2007

Insert Coin

Insert Coin

"Momentos de êxtase intensos, normalmente, são seguidos por uma profunda depressão".
Lembro que ouvi essa frase em um seminário que fizeram para os alunos do meu colégio, lá pelos idos de '99, em uma sala onde todos já sabiam o que era tomar um porre, um cigarro de maconha, um alucinógeno qualquer. A mulher que dava a palestra, insistia na tecla de que, como já havia passado por isso, podia explicitar bem do que estava falando. Na época, ela foi a faísca de algumas risadas maldosas por parte dos meus amigos e também de mim, mas hoje em dia eu consigo entender do que ela dizia.
Minhas últimas semanas se resumem um pouco no que ela tentou nos explicar na época. Quando uma montanha-russa deixa de ser novidade, as chances do carrinho parar sem solavancos e você nem se dar conta da velocidade que estava, são bem grandes. Você bate a cabeça de um lado e de outro, levanta os braços e grita para tentar afastar a sensação desagradável que é ter o corpo lançado feito uma bala em uma parede, e acha aquilo tudo normal. É seu momento de êxtase. Daí, o carrinho pára, a pessoa do seu lado solta as travas e a vida volta a ser aquela fila longa e vagarosa de sempre... aí, meu amigo, você já sabe o que vem adiante. Sua volta já foi completada e a ficha, infelizmente, já caiu.

Agradeço sem medidas a todo mundo que pôde estar comigo no meu aniversário, me fazendo levantar os braços a todo momento (nem que fosse apenas para pedir "-Truco!"), me jogando ovos e arroz-café-farinha-achocolatado-água na cabeça em uma manhã de domingo.

Pra mim, valeu tudo.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Quase

Quase

Esses dias eu fiquei pensando na possibilidade do "quase" na minha vida. Se eu tivesse tomados algumas decisões ao invés de outras, poderia estar bem diferente do que sou hoje em dia. Isso, levando em consideração que eu normalmente mudo de opinião no meio de praticamente tudo. Lembro quando tinha 14 anos, que era palhaço com tudo e todos, mas extremamente introvertido. Encanava com meu corpo, com minha falta de popularidade com as garotas, com a dificuldade de encontrar algum "talento" qualquer dentro de mim que pudesse me guiar na vida profissional. Graças à isso, quase morri em 98, afogado em uma piscina do Wet' n Wild da Flórida. Eu sabia que não tinha habilidade alguma para nadar, a não ser na modalidade pedra, e me arrisquei em uma piscina de ondas. Isso, é claro, para impressionar quem estava olhando e para não ficar feio diante meus amigos que estavam lá todos tendo diversão. Entrei na piscina, dei aproximadamente quatro braçadas heróicas até o meio da piscina e afundei. Afundei mesmo, de barriga pro chão, sem saber onde estava, patético. Fiquei submerso e bebendo água igual a um camelo por um minuto. Porém, me encontraram fácil na piscina lotada: eu estava de camiseta preta. Sim, de camiseta em uma piscina. Tinha vergonha de todos verem a quantidade de cicatrizes e espinhas que tinha nas costas. E se não fosse por isso, eu hoje seria parte integrante de alguma lápide de mármore, não podendo ser vendido separadamente - já que o salva-vidas me retirou da água a tempo. De forma impressionante, naquele dia fiz mais amizades do que em qualquer um dos outros 11 dias de viagem. Vai entender...

Com 15, ainda era palhaço e introvertido, mas comecei a ter os primeiros sinais de que agir de forma contrária a ética seria um caminho proveitoso em minha vida. Alguns amigos de colégio formaram uma banda de punk rock, da noite pro dia, sem me avisar nada. Logo, fiquei sem espaço no clubinho. Como eles mal tocavam ou ensaiavam e só tinham gravado uma fitinha K7 bem modesta em um estúdio, resolvi que era hora de agir. "Ahá! Moleque esperto! Montou uma banda melhor!". Não. Eu inventei um monte de fofocas entre os integrantes, eles brigaram entre si e eu assumi o posto de baixista. Com isso, gravamos mais uma vez, fiz 90% dos amigos que tenho hoje, perdi a timidez por causa da necessidade de pagar mico em frente a um bando de desconhecidos e a banda continua na ativa até hoje. Ah, sim... o baixista que eu "fiz sair" na época, agora é o guitarrista, e o guitarrista saiu por causa de... brigas com o baixista antigo, que na época que voltou a tocar na banda... bem, longa história, mas nessa, pelo menos, não tive nada a ver.

Se tivesse continuado no curso de Propaganda e Marketing na Unip, as chances de eu estar em um trabalho "de respeito", ganhando bem e sendo reconhecido pelos meus esforços, seriam grandes. Porém, quando eu notei que minha vida seria regida por gráficos de Excel e balancetes, virei jornalista, ou algo bem próximo disso. Sou feliz sendo jornalista, ganho bem e me sustento ou tenho reconhecimento? Não, mas ao menos, continuo são e só uso gravata em festas de amigos desprovidos de muita moral e formaturas. Tá bom assim.

Sábado passado, voltava eu pela calçada do meu condomínio, já chegando, quando ouço uma fritada de pneus e penso em 0,01 segundos: "Hmmm... e se for um carro em alta velocidade e descontrolado, vindo pela calçada e prestes a me atropelar? Não custa dar um piquezinho antes de olhar para trás e comprovar". E assim o fiz. Acelerei o passo em uma corridinha bem mal dada, por uns 4 metros e entrei no condomínio, já ouvindo o barulho de batida e vidros se estilhaçando. O carro, um gol, perdeu o controle sabe-se lá como, vinha em cima de mim, e em virtude do meu cooper-feito, não me acertou e deu de cara com o semáforo. Uma daquela tiazinhas que rastreiam barracos e tragédias em qualquer bairro que se preze, me disse que ele vinha mesmo na minha direção e que se não fosse eu correr, "bau-bau".

Pois bem, por pouco não viro presunto na véspera do meu aniversário de 24 anos.
Ainda bem que é só domingo e estarei na praia.
Ufa!

Sim, esse post todo foi só para deixar grifado que quero congratulações e presentes.
Eu não valho R$ 1.