segunda-feira, outubro 30, 2006

"Eu também!"

"Eu também!"

E terminou. Lula se reelegeu com números recordes e uma diferença de mais de 20 milhões de votos sobre Geraldo "Argentina 9%" Alckmin. Eu nem precisei decepar ou ter meu dedinho arrancado a mordidas, pois foi mais fácil do que muitos acreditavam. O candidato do PSDB, aos "45" do segundo tempo, contemporizou a situação e disse que "agora temos de pensar no melhor para o Brasil". Que fofo!
O que me assustou, e muito nessas eleições, foi a crescente importância da internet na decisão final dos eleitores. No Orkut, por exemplo, comunidades dos dois candidatos somavam quase meio milhão de pessoas - na grande maioria jovens de 16 a 25 anos, que em suas fotos demonstravam toda sua simpatia ou avareza, por um candidato ou outro. Houve debates em tempo real com pessoas dos 4 cantos do Brasil, provocações, insinuações e, como sempre na internet, muita especulação e boataria sem nexo. Não antes da confirmação da vitória, uma coisa era fato consumado: os eleitores PSDBistas estavam em clima de guerra. Não só contra os petistas, mas também entre si. Tópicos como "Temos de separar o nordeste do Brasil" ou "Tá com fome? Pede pro Lula" e até mesmo "Golpe Militar Já" dividiam opiniões, entre protestos e euforia. Moderadores das comunidades faziam valer a falta de democracia e expulsavam membros que não fossem totalmente partidários às idéias ali difundidas. Nisso, muitos se revoltavam com o tratamento pouco caloroso e passavam para o outro lado da trincheira. Bem recebidos, logo eram totalmente integrados ao corner vermelho, mais vazio, porém mais acolhedor.
O Ministério Público observa atentamente o Orkut desde 2005, quando os primeiros casos de preconceito, pedofilia e violência tiveram destaque entre a sociedade em geral. Sexta passada, no debate global entre Lula e Alckmin, um estudante foi "sorteado" pela emissora para fazer uma pergunta. Ele contou que morava longe da faculdade e que tinha que pegar 3 ônibus para chegar até lá, o que prejudicava muito seus estudos. Nas respostas, tanto o petista quanto o tucano foram mal, mas Lula escorregou a colocar a responsabilidade nas prefeituras e governos estaduais - que receberiam a verba e não a usariam da forma correta. Foi o estopim para que se começasse uma verdadeira caçada ao estudante no Orkut. Rápido como a internet, foi descoberto que além de ter um perfil no site, o estudante havia mentido (amigos, sem querer, tinham comentado na página de recados do estudante que ele morava a pouco mais de 2 quadras da faculdade, no Ceará) . Teve seu nome espalhado pela rede e achincalhado por mais de 3000 pessoas, em apenas 10 horas. Única opção: abandonar o barco antes do naufrágio total. O MP ofereceu proteção ao jovem - via e-mail. Que ironia!

É por essas e outras que penso a cada dia em sair do Orkut. Vou perder contato com muitas pessoas, mas creio ser prudente. Como já diria a atriz Regina Duarte, em 2001: ?Eu tenho medo!?. Pois é, Regina... eu também!

ps: notaram que ela parou de usar um pingente horrendo do Brasil no pescoço, desde que o Alckmin começou a despencar nas pesquisas? Coincidências...

sexta-feira, outubro 27, 2006

The week after

The week after

Sexta-Feira.
Dia de debate presidencial na Globo.
Dia de ficar em casa, se você não tiver grana ou humor para tal, como eu.
Dia de rejeitar dietas, afinal, já é fim de semana.
E dia de eu atualizar isso aqui.
Mas deu preguiça.
E blog é feito para falar coisas interessantes, não para encher de abobrinhas sobre amor e outras futilidades rockeiras.
Portanto, aqui.

Prefiro encher o Bubblegum Attack com isso.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Back to the future

Back to the future

Acordei no dia 23 de outubro de 2006.
Ainda eram onze da madrugada, e toca o celular:

- Alô...
- Ow, beleza?! É o Animal!
- Fala, porra...
- Cara... eu to precisando de ajuda... você ainda tava dormindo?!
- ...ainda? Você sabe que horas eu fui dormir ontem, caralho?!
- Mas já são onze da manhã!
- Fala logo o que você quer, inferno!
- Me ajuda a fazer a pauta do TCC!
- ...ah, cara... se foder... me deixa dormir!
- Sério, cara! É rapidinho! Vai!
- Vá-se-foder!!!
- Por favor! Te pago duas cervejas!

Pouco mais de dez minutos depois, lá estava eu no computador. A primeira pancada do dia foi um "Bom dia" e o cantor das multidões no meu e-mail. Na sequência, a pauta, toda torta... feita com mais sono e autruísmo do que vontade. Ainda tive que acompanhar o dono do telefonema odioso na jornada, pois ele estava "inseguro".
O dia todo na ADD, fazendo as entrevistas e ouvindo relatos que balançam qualquer Afanásio.
Cinco da tarde, caminho do bar, pagamento.
Casa, oito da noite, jantar e passeio com o cachorro.
Meu travesseiro vai ouvir muita coisa hoje.

E vou dormir em 17 de julho de 2005.
Só o bagaço. Mas "tá bom".

sábado, outubro 21, 2006

"Let's Make Noise"

"Let's Make Noise"
Teen Idols

Let's make noise in the bedroom
Make everyone wonder what's going on
Let's make noise in the bedroom

Come on pretty baby now you won't regret
Get ready, on you mark, get set
Let's go down the hall and get real wet
I'll show you a time that you won't forget

domingo, outubro 15, 2006

Ócio

Ócio

Revirar meu quarto de madrugada, em busca do sono perdido, tem me rendido belas surpresas. Nos armários mais altos, aqueles cheios de tranqueiras que só merecem mesmo aquele espaço, encontrei uma pilha de livros antigos. Aqueles que os jornais e revistas costumam vender em coleção. Todos de mais de 15 anos atrás. Entre uns e outros, li "Infância dos Mortos" de José Loureiro (livro que depois, iria ser usado como base para o filme Pixote); "Os Sete Minutos" de Irving Wallace; e agora estou lendo "A Queda para o Alto" de Herzer - livro que só me fez ficar ainda mais fã do Suplicy. "A sangue frio", livro clássico para cursos de jornalismo e que eu deveria ter lido a uns 2 anos atrás, também está na lista. Se eu continuar no ritmo de 1 livro a cada 3 noites, em 1 mês já terei lido quase todos que tenho no meu quarto.

Agora acaba a parte bonitinha, e voltamos à essência desse blog.

Esses dias, firulando em alguns fotologs, encontrei uma brincadeira interessante que andam fazendo. É baseada em se postar uma foto de uma pessoa usando uma máscara de metal de um de coelho (...), personagem de algum filme-b cabeçudo. Isso significa que a pessoa foi "amaldiçoada" e, no post da foto, deve contar 6 segredos (de preferência embaraçosos) sobre sua pessoa.
Eu não cheguei a ser amaldiçoado por ninguém, mas pensando no caso, cheguei a conclusão de que todos meu segredos que causam risos e me geram vergonha, são relacionados à sexo. Vejam só:

1 - Na infância, lá pelos 6 anos de idade, tive minha primeira ereção. E foi assistindo à dupla Luan e Vanessa, no programa Viva a Noite! de Gugu Liberato. Lembram da musiquinha? "...O seu nome eu escreví... na areia... a onda do mar apagou...". Pois é.

2 - Aos 7, mais ou menos, um antigo amigo da rua - que até pouco tempo estava na Febem e é homosexual assumido, pediu pra "me tocar". E eu deixei. Ele segurou na mão, me olhou nos olhos e disse: "E agora?". E eu respondi: "Sei lá, PUXA!".

3 - Meu primeiro beijo foi aos 14 anos. O segundo, aos 17 (ou 16, que seja, adianta?).

4 - Quando estava prestes a perder a virgindade, aos 17 anos, eu fui "Koelho demais" e me dei mal. No meio do amasso, deitados na cama do meu quarto, eu me enrolei todo para tirar uma blusa que estava usando. Vendo tal situação, soltei a pérola "Eu odeio nylon!". Ela caiu no riso, eu quis me matar e, claro, não rolou nada. Nunca. Não com ela, ao menos.

5 - Eu já sofri de gases enquanto faziam sexo oral em mim. E ainda dei risada.

6 - Sempre que uma garota me fala "Meu... tenho que te confessar uma coisa... mas é pra guardar segredo!", automaticamente penso: "Legal! Se for sobre sexo, pra quem eu posso contar?".

Ah, o ócio!

terça-feira, outubro 10, 2006

Jornaleirista

Jornaleirista

Pauta para a entrevista com Lars Grael

- Até que ponto uma deficiência pode impedir um atleta de praticar esportes?
- O apoio da família é importante em que sentido na recuperação da auto-estima de um deficiente?
- O país está preparado para oferecer uma vida mais digna àqueles quem têm deficiência? Se não, o que poderia ser feito?
- O esporte pode ser usado como fisioterapia na recuperação de casos mais graves?
- Quando se deu o acidente, qual foi a primeira coisa que pensou quando se viu limitado pela falta de uma das pernas?
- Com tudo que se passou com você, qual seria a mensagem que você passaria às pessoas que se vêm derrotadas por uma dificuldade normalmente encarada como "do dia-a-dia"?
- O que te faria, hoje em dia, dizer a uma pessoa que sofreu um forte trauma como o seu, a continuar a perseguir seus sonhos e ideais?
- Lars Grael é um exemplo a ser seguido?

(mais duas perguntinhas "de momento")

Lars: Cara, que bacana... foi uma das pautas mais legais que já fizeram comigo!

Pauta super normal, mas minha mãe vai ficar orgulhosa!
Hahaha!

quarta-feira, outubro 04, 2006

?

?

Depois de ver (sic) o meu fim de semana desaparecer atrás de uma garrafa de Smirnoff, pude finalmente guardar mais um post-it em meu cérebro: eu NÃO sei tomar vodka. Me faz mal, me apaga uns 60% do que aconteceu e, ainda por cima, faz meu intestino funcionar melhor do que se tivesse tomado 20 litros de Yakult quente. Sempre que tomo minha cervejinha, seja em casa ou na rua, nunca passo mal. Minto, já passei mal, bem mal. Mas tinha 15 anos - andei de cuecas pela Praia Grande por uma meia hora, tomei água do chafariz, rolei na areia gritando "Eu sou o McGyver!!!", essas coisas. Mas hoje em dia, me acostumei. É quase como tomar água, para ser sincero.
Mas por que diabos eu estou contando isso?
Bem, ontem foi aniversário dos meus amigos de colégio: Rafael e Artur. Gêmeos, cheios da bufunfa e com pais bacanas que deixam os amigos dos filhos encherem a cara, de graça. Demos aquele monte de risadas habituais, falamos da vida daqueles que já estavam casados e/ou com filhos e bebemos... bastante. Tomei umas 8 latas de cerveja e duas doses de pinga. Ah, como é bom fazer tudo isso e ter carona pra casa! Cheguei em casa em menos de 5 minutos. Feliz e serelepe, todo alegre.
Abri a porta do prédio, apaguei o cigarro no hall de entrada, entrei em casa. O cachorro veio me lamber e se espreguiçar, acendi a luz da cozinha para não tropeçar no escuro e fui em direção ao banheiro. Assim que entrei, senti como se meus pés estivessem fora do chão. Estranho, que porra era aquela? Eu nem tinha bebido tanto, assim... eu acho. Daí que me vieram as lembranças: o barulho alto o dia todo. Marteladas, barulho de quebradeira... reformaram o banheiro. Digo, quebraram o banheiro. Todinho, todinho.

Tirei o tênis sujo de cimento fresco, mijei numa garrafa de Coca-Cola e fui dormir.
Eu sou um lixo.