quarta-feira, julho 27, 2005

Padaria do Compre Mais - 17:22h

Padaria do Compre Mais - 17:22h

- Oi, você tá na fila?
- To sim, mas pode passar, se quiser.
- Ah, brigada!
- (...)
- Oi, você tá na fila?
- To sim, mas... pode passar, se quiser.
- Ah, tá... brigada! Você não vai comprar pão?
- Vou, mas vou esperar a próxima fornada...
- Ah, prá comer quentinho?
- Anh... é, né?!
- Ah, boa idéia! Vou esperar com você!
- Okay!
- Frio, né?
- É...tá demais, mesmo!
- Pois é...que horror, né?
- É...!
(sai o pão, finalmente)
- Ah, pode ir lá! Sua vez agora!
- Nah...tudo bem, vou depois de você, eu não gosto dos "moreninhos".
- Ah, mas são os mais gostosos! Com a casquinha!
- Errr...olha, os pães vão acabar...
- Ah é, hahaha! Vou lá...
- Pode ir, pode ir...

Só faltou o jornal.

sexta-feira, julho 22, 2005

Post long e sério. Não tendo paciência, feche

Post long e sério. Não tendo paciência, feche

Hoje eu estava numa daquelas salas de discussão na internet, só dando uma olhada de forma desinteressada no tema "Dependência química". Em certa altura do campeonato, alguns straight-edges entraram na conversa, expondo seus pontos de vista. Eram quatro deles, para ser mais preciso. Como num passe de mágica, começaram a discutir entre si, se a Coca-Cola era algo a ser combatido. "Há cafeína, que causa dependência; há extratos vegetais da folha de coca (cocaína) que causam dependência etc". Ficaram discutindo tanto tempo sobre esse tema, que em dado momento a sala que tinha 36 pessoas ficou muda, apenas apreciando o debate entre eles. Fiquei sem paciência, fechei o chat e fui tocar um pouco. Não sei por que, mas parei para pensar em quão ambígua pode ser a questão sobre o que é nocivo, o que causa dependência, do que é bom ou ruim para o ser humano.
"Nada se cria, tudo se copia", já diria aquele sábio personagem brasileiro, do qual não me lembro o nome. O álcool, a cocaína, a maconha, a nicotina e diversos outros compostos e ingredientes dos chamados "entorpecentes" estão presentes na natureza desde que o mundo é mundo. Podem ser modificadas em laboratórios, mas ainda preservam o composto original e natural. Logo, nada alí é criado, e sim, modificado para um fim ou outro (salvar uma vida - medicina; criar uma nova patente de bebida - indústria). Que podem fazer mal, que alteram a percepção e tiram o ser de seu natural estado de sanidade causando um êxtase induzido artificialmente, isso todos também sabem.
O que me causa espanto, é vislumbrar a idéia de que é o cérebro que organiza e desorganiza tudo isso. Para quem não acha que a Rede Globo é o portal do inferno e assiste ao "Fantástico", já pôde ver alguns quadros onde aquele "especialista em tudo", o doutor Jairo Bauer, comenta sobre o efeito dessas substâncias no cérebro. Em todas as ocasiões, essas substâncias ativam os neuro-transmissores presentes no cérebro, desencadeando diversos efeitos químicos que alteram o estado emocional. Isso pode acarretar em extrema excitação, medo, ira, depressão, entre outros.
"Tá bom, mas, e daí?"
E daí, que um estudo recente comprovou que os mesmos neuro-transmissores têm papel idêntico no que se relaciona a paixão, ao amor. Eles recebem uma carga excessiva de substâncias geradas - essas sim - pelo próprio organismo, podendo causar as mesmas excitações, medos, iras, depressões, angústias e por aí vai.
Sendo sincero, e isso não é, e nem pode ser tão difícil na internet, já que você nem precisa se identificar:
quantas pessoas que vocês conhecem que já perderam dias, anos de suas vidas, em virtude do álcool, cigarro, drogas? Que caíram em depressão profunda pela falta daquilo, que já pensaram até mesmo no suicídio, que já quiseram matar por isso. Sei que muitos já se depararam com uma situação dessa, seja com um amigo ou amiga, seja vendo um caso na televisão, internet, o que fôr.
Agora, vocês mesmos, quantas vezes já viram pessoas assim, por causa de uma paixão, de um amor? Pessoas que sofreram com a falta ou abstinência desse sentimento. Que já pensaram em suicídio. Que já pensaram em matar. Mais, não é?
Não estou defendendo aqui o time azul ou o time vermelho, longe disso. Só expondo o quão ambíguo e nocivo pode ser o próprio ser humano, sem uso algum de substâncias entorpecentes. É interessante como nos preocupamos em taxar o certo e o errado, o bem e o mal, sendo que isso é algo tão natural quanto a palavra mesmo indica. Está no gênesis, dentro de nós e encrustrado no mundo desde o Jardim do Éden.
Tudo que gera prazer, tem duas mãos. O problema é muitas vezes não ter a opção de escolher o caminho certo ou o mais fácil. Todos que caem nesses caminhos, das drogas, do álcool, da paixão, buscam um contentamento individual. Como diz o Nasi: "Esse flerte é um flerte fatal".

Tomara que nunca criem-se chats discutindo sobre se ser feliz é algo nocivo ou não.

ps: post longo e sério propositalmente, pois pretendo passar mais tempo com a minha pequena do que na internet lendo porcarias, como esses meus textos.

quinta-feira, julho 21, 2005

"On the parking lot, of the 7-11 where I was taught..." (Jesus of Suburbia - Green Day)

"On the parking lot, of the 7-11 where I was taught..." (Jesus of Suburbia - Green Day)

"One minute past midnight and i need some cigarettes
See the big sign comin up my heart starts pounding fast
Everything you could want is in this little shop
Burritos are 6,99 free coffee for the cops
7-11
7-11
7-11 really sucks!
There's an asshole behind the counter-this atmosphere really sucks
Soda and chips are overpriced so i'm shit outta luck
I try to buy some rubbers and i get a murder one
It's times like these in my life i wish i had a gun" (7-11 -Screeching Weasel)

"And we went down to the dance
Which turned into a whole romance
And after just one night
I never knew that things could be so right
Oh-no-no-no-no-no-no-no" (7-11 - Ramones)

Depois ainda tem quem me pergunte: "Por que 'Seven Elevenz'?!"

segunda-feira, julho 18, 2005

Pancadão

Pancadão

Hey, people! My name is MC Koelhinho, and I deleted a porrada de people do MSN because I dont got mais saco prá muita people!
Então, se you dont conseguir speak comigo, é because you foi deletado e bloqueado!

Vai Lacraia, vai!

sexta-feira, julho 15, 2005

Melodrama ambulante

Estranho...estou naquelas fases "revival". Ouvindo Green Day e Bad Religion o dia todo, reencontrando pessoas de cinco, seis anos atrás que não via mais por diversos motivos...é estranho. Estranho porque eu normalmente me afasto de algo ou alguém, é porque a outra parte me pede ou me obriga a tal. O Green Day está mais legal do que antes, o Bad Religion está mais ateu, e as pessoas de ontem estão mais simpáticas do que anteontem. Será que o mundo está mudando, ou eu realmente estou sendo mais "receptivo"?
Bem...não sei. Me dá até medo de ter saudades de pessoas que moram à kilometros de distância. Ando fazendo "social" com tanta gente, que na última quarta-feira chegaram ao ponto de dizer que eu sou indispensável. Veja só: indispensável. Segundo a pessoa, "mesmo sendo um calo, sem ele alí toda hora atrapalhando, o sapato perde a forma". Ok, ela estava um pouco alcoolizada, mas foi bonito. Sei que todo dia eu vou visitar minha vovó, compro coisas prá ela comer - coisas que ela gosta, como "qualquer coisa que tenha queijo", ajudo na limpeza do apartamento novo da velhinha... quase um samaritano, se não fosse eu ter pego R$ 10 dela prá comprar cigarros.
Tô bonzinho, limpinho, calminho, centradinho... até economizando dinheiro eu estou, mas que desgraça!Alguém, por favor, me provoque!
EU TO FELIZ E SATISFEITO DEMAIS, QUE MERDA!!!

terça-feira, julho 12, 2005

Grandma in re-hab

Grandma in re-hab

Sexta-feira parecia que ia ser mais um daqueles dias normais, onde eu acordo e vejo os programas de esporte do meio-dia, fico na internet na hora da ciesta e tento destruir a vida de alguém dando facadas pelas costas. No momento em que eu estava saboreando um delicioso segundo cigarro pós-almoço, entra minha mãe no quarto:
"Rafael, tem como você pedir pro Feijão passar aqui!?"
"Porra, mãe! Deixa de ser cara de pau! Espera eu sair de casa prá chamar ele!"
"É sério, caralho! É sua vó que tá passando mal!"
E lá fui eu chamar o menino de um milhão de dólares, para levarmos a Tereza From Hell para o hospital. Chegamos lá 15h. A véia passou por exames, inalações, soro e umas droguinhas que eu tentei roubar mas que os enfermeiros não deixaram. Eu e Feijão demos um belo passeio pelo maravilhoso bairro do Largo 13 de Maio, entrando em lojas de doces e perguntando quanto pesava o kilo da rapadura. Lá pelas 19h, a médica me chama na sala e diz:
"Olha, sua avó vai ter que ficar internada, não posso liberá-la assim... a pneumonia está muito forte, e..."
"Ah, claro! Pode internar, sim!"
E fiquei lá até as 22h, preenchendo aquelas burocracias de plano de saúde, tirando sarro de uns aleijados que tropeçavam nos degraus e tentando roubar morfina da enfermaria.

Hoje to indo lá, visitar a velhinha. Ela me pediu prá levar coisas muito importantes prá sobrevivência de uma senhora de 73 anos, tais quais batom, espelho e os brincos "com os coisos de estrela".
Será que vai ter morfina?

sexta-feira, julho 08, 2005

Operários do punk rock

Operários do punk rock

Vocês já pararam prá notar que em algumas bandas há uma exploração dos músicos? Note os Ramones: Joey ficava estático no palco, do começo ao fim do show, enquanto Johnny e Dee Dee (C.J., tempos depois) se matavam tendo que tocar sem demonstrar ânimo algum, e ainda fazendo aquela coreografia tosca, porém original (vai prá frente, vai prá trás...). No Seven Elevenz, o explorado sou eu, que tenho que cantar todas as músicas sem ajuda do backing vocal (que seria o Rudá, mas...seria!!!), e acompanhado pelo Barata, que deixa a música parecendo um trance, de tão rápida. Ou seja, além de ser o mais novo e mais gordo da banda, eu ainda tenho que virar um cantor de repente prá conseguir levar o show até o final. Mas se não fosse meu olhar clínico sobre essas coisas, ninguém perceberia tamanha injustiça. Pior de tudo, são as bandas que fazem isso na cara de pau mesmo, se ao menos se preocupar em mostrar zêlo pelos companheiros. E quando eu falo disso, eu quero dizer sobre Green Day. O Sr. Billie Joe Armstrong, vocalista do trio, insiste em deixar as músicas de 3 minutos da banda com mais de 8!!! É um tal de largar a guitarra e ficar conversando com o público, mandando eles berrarem, dançando...e enquanto isso, o baterista e o baixista ficam lá, fazendo o background para o showzinho particular de B.J. Isso seria sacanagem, certo? Não. Saiu uma lista dos melhores shows do Live 8, e o Green Day só ficou atrás de Pink Floyd, uma outra que não lembro e Paul MacCartney.

Mas tudo isso, é só para modular uma denúncia contra o D.E.R., uma das bandas do Barata.
Po, o cara já é neguinho, fraco, dizem estar fazendo 24 anos hoje (po, além da idade de veado, ele aparenta ter uns 16)... portanto, ISSO É TRABALHO ESCRAVO E SUJEITO À PRISÃO POR PARTE DOS EXPLORADORES, no caso, essa banda que insiste em fazer nosso mameluco tocar numa velocidade absurda!

FREE! FREE! BARATA FREE!

terça-feira, julho 05, 2005

Papai do céu:

De hoje em diante, prometo não conversar nada além de sexo com garotas.
Prometo nunca mais me aproximar de alguém sem interesse.
Prometo nunca mais querer ajudar ninguém com seus problemas, pois afinal, não são meus.
Prometo voltar a ser um pouco mais radical, porque não vale a pena ser simpático.
Prometo não me estressar mais com opiniões alheias, porque o que conta aqui, sou eu.

Tudo isso, se o senhor me arranjar uma buça pro fim de semana!

avisa prá amiga: olha lá, olha lá! O Koelho mudou o post!

O Koelho mudou muita coisa.

domingo, julho 03, 2005

About Jah-Joey's Trip

About Jah-Joey's Trip

- Eu queria ter nascido na Bahia.
- Eu queria morar na Bahia.
- Os "regueiros" são mais legais que os "rockeiros".
- O centro de Curitiba é chatinho.
- As garotas curitibanas perdem para as de São Paulo, ou não saem de casa.
- Ter 56 anos e namorar uma garota de 20 é coisa só pro Rasta.
- O neto do Bob Marley fuma muita maconha.
- O rock possui menos groupies que o reggae.

E eu quero largar o rock, e me dedicar em coisas que gerem retorno. Para um dia poder levar dois vagabundos prá um show da minha banda, fazendo com que eles possam:

- viajar para outro estado de graça.
- ter um quarto de hotel com tv à cabo de graça.
- poder andar de mini-van com dvd, de graça.
- poder se esbaldar num rodízio de pizza, de graça.
- poder entrar nos shows de graça.
- poder tomar cerveja, refrigerante, whisky - comer salgadinhos e docinhos de festa - pagar de gatão nos camarins de um show internacional, tudo de graça.

Interessados em viver de música, favor me avisar.