terça-feira, março 25, 2008

Reciclando

Reciclando

Seguinte, porrinhada: ando extremamente sem tempo de postar aqui, ou lá no Bubblegum Attack (que saiu do ar sem motivo aparente), muito menos de ficar comentando nos blogs alheios. Porém, a pedidos do Bruno, fica aí um crássico do Acnóide prás criança si diverti!

Vejo vocês semana que vem.

domingo, março 23, 2008

Aqui é Capão Redondo, "don", não Pokemon

Aqui é Capão Redondo, "don", não Pokemon

O sonho de qualquer pré-adolescente é, com certeza, ter um carro para poder jogar a carne lá dentro e cozinhar em qualquer drive-in mais próximo. O meu, sempre foi morar sozinho. Queria ter aquela liberdade de poder jogar a meia fétida no canto da sala na segunda-feira, e buscar só na quinta, colocar na máquina, estender no varal no sábado e usar, de novo, na segunda.
Pois bem, eu consegui isso. Não do modo que queria, mas levando em consideração que há 20 dias meus pais estão de férias e a casa é só minha, creio que valha como tal.
Logo na primeira semana, além de me embebedar como se o mundo fosse acabar no dia seguinte, eu fui trabalhar como de costume, voltei para casa, tomei lá minhas providências com a pia da cozinha e não tive maiores atropelos. Com excessão de quarta-feira.
Saí da revista com um pensar de encontrar duas amigas, sentar num botequim qualquer, tomar algumas cervejas e ir para casa de bucho forrado. Ledo engano. Elas encheram minha cabeça de álcool, me levaram para a casa delas e... vimos o jogo do Corinthians (esse papo que a vida de solteiro é recheada de surubas é um baita engana-trouxa). Saí de lá meia-noite, peguei um ônibus e, embriagado, tive a atitude mais responsável do mundo: dormi. Uma porção de minutos depois, me senti protagonizando as músicas do Racionais MC's, já que acordei no calmo bairro do Capão Redondo, um lugar singelo, cheio de verde, ruas estreitas e desova de corpos. Não havia mais taxis, ônibus ou putas nas ruas, e percebi que estava fodido - ou bem próximo de ser vitimado por isso. Depois de andar ao léo durante uma dezena de minutos, liguei pro único vagabundo designer free-lancer que poderia me ajudar àquela hora: Rangel.

- Cara, eu sei que a ligação é a cobrar, mas eu preciso muito de ajuda. Muito mesmo!
- Fala, o que aconteceu?
- Blablablablabla...

- Putz, Koelho, que merda... pelo menos comeu as garotas?!
- ....ô, seu viado! Vem me buscar!
- Ok, vou ver aqui no Google Maps aonde você está. Fala o nome da rua!

- É... professor Genésio... alguma coisa.
[1 minuto depois]
- E aí, Rangel. Que faço?
- Putz... cara... nossa... caralho... v0cê está muuuito longe!
- É, eu sei, te liguei por saudades. O que eu faço, buceta?!
- Segue a rua tal e vai até um cruzamento, te encontro ali.
- Mas eu to perdido, caralho! Eu nem sei aonde estou!

Quando disse isso, passaram dois caras em uma moto do meu lado, rindo e dizendo "Ae, tá fodido, hahahaha!". Eu nunca senti minha ruela mais em risco do que naquele momento. Se me matassem, até vai, mas me comer? Po, a gente tenta a vida inteira manter as 9 pregas para perdê-las em 5 minutos? Nem a pau, literalmente. Mesmo travado de medo, fui até o ponto de encontro e entrei no carro do meu herói paladino.
Cheguei no condomínio, levemente embriagado, agradeci ao vizinho mais solícito do mundo e fui em direção aos meus aposentos. Claro, se eu estivesse com chave. Acabei esquecendo esse molho de porcarias na mesa da redação, na revista, que fica - aproximadamente -, 68 km distantes de casa.

- Cara, o que você está fazendo aqui, de novo?
- Ahm, então... eu esqueci minhas chaves... e preciso dormir.
- Não acredito! Cara, tu percebeu que tá SOZINHO na sua casa?

Depois do sermão, ele me emprestou uma toalha DE ROSTO, me liberou o chuveiro SEM RESISTÊNCIA, um colchão velho e fui dormir. Isso, às 3:30h. Acordei às 6:20h, para ir trabalhar.

Creio que o negócio seja alugar um quarto na pensão mais próxima, o mais rápido possível.

segunda-feira, março 17, 2008

As mulheres, a sensibilidade e o álcool

As mulheres, a sensibilidade e o álcool

Ah, as mulheres! Esse ser que nos domina, nos cerca, nos tira os filhos, carro e apartamento. Ah, que coisa boa. Acordar pela manhã com uma fêmea do seu lado, ronronando no seu pescoço, toda descabelada, uma leoa na visão capilar. Elas fazem uma falta desesperadora, para nossa cama e para nosso coração. Deixam lá os seus buracos, como em um queijo suíço, cortam-nos a alma como um canivete suíço e são viciantes e gostosas como um chocolate suíço. Mas e quando, simplesmente, agem fria e impiedosamente, como o mais alto pico suíço?
Aprenderam a duras penas a conviver com sonhos partidos e a imposição masculina, conquistaram seu território e, agora, às portas da total independência, pecam no mais reprovável defeito dos homens: a falta de sensibilidade. Ainda assertivas, as mulheres do século 21 abusam da gravata e vivem a soltar bravatas pelo ar: "somos o que somos hoje, porque vocês nos fizeram assim". Ora, mas que visão mais pessimista do próprio umbigo! Se todo o azedume que carregam no peito e destilam nos atos for, realmente, o resultado de centenas de anos de sofrimento, o que os negros deveriam fazer conosco?
Percebo a cada dia que a mulher está perdendo a tênue linha que a separava do mais bruto dos animais - a sensibilidade -, na mesma toada em que marcam vidas com rancor, ódio e vingança gratuita.
A saída que os homens encontraram para poder assumir seu lado mais feminino, de forma abrupta, foi a bebida. Bebe para comemorar um amor conquistado, bebem para chorar as mágoas do fim de um carnaval, bebem para perder a máscara que usam 24h por dia de seres distintos de sentimentos. E isso funciona, por mais machista que possa soar. O homem se embriaga a cada momento com seus próprios lamentos de não encontrar mais na bebida uma alternativa plausível da indiferença das mulheres.

Garotas, bebam mais. Celebrem mais, arrisquem o grau mais alto. Nem toda bebida resulta em ressaca. Só não se esqueçam que, quando fizerem isso, estarão a um passo do seu mais digno e incoerente passado: a sensibilidade. Só tomem cuidado, pois, para algumas, isso pode se transformar em excesso de sinceridade - algoz tradicional da sensibilidade - masculina e feminina.

ps: textos sérios do Acnóide são produzidos por altas doses de cigarros e insônia.

segunda-feira, março 10, 2008

M' Boi Mirim Revolution - parte 1

M' Boi Mirim Revolution - parte 1

Esperei os acontecimentos do final de semana ficarem um pouco mais frios, para poder comentar o que houve por essas bandas, na última sexta-feira. Como já foi noticiado em dezenas de veículos (inclusive na abertura do Fantástico, ontem), uma manifestação de usuários de transporte público reinvindicando melhorias no serviço paralisou a zona sul de São Paulo. Cansados de esperar pela boa vontade dos governantes, centenas - se não milhares - de pessoas bloquearam a Estrada do M' Boi Mirim (onde moro) com pneus em chamas e barricadas. Ônibus foram depredados e houve confronto com a polícia. Para piorar, o trem, também enfrentou problemas: três deles tiveram deficiência de energia elétrica, o que fez as duas únicas estações mais próximas ao local ficarem superlotadas. Até aí, para quem está superficialmente informado, nada de novo. Mas volto a frisar: é onde eu moro. Sei bem dessa situação, que não é de hoje. Anos e anos de trânsito parado e sobrecarregado na região faz com que, diariamente, trabalhadores tenham que caminhar por mais de 5km até conseguirem pegar um ônibus. Os que não fazem isso, aguardam, dentro dos ônibus, de pé e apertados, por mais de duas horas. Eu mesmo, tenho que caminhar por uns 2km até a estação de trem mais próxima, chegando lá já suado e azedo. Não é muito legal chegar no trabalho assim (e olha que de lá, ainda pego mais um ônibus, já na Barra Funda).

Hoje, depois de toda a confusão, aconteceu a mesma coisa, com excessão do protesto. Policiais armados faziam a "proteção do local", dezenas de guardas de trânsito tentavam organizar a situação, mas tudo em vão. Tudo parado, sem opções e aquela horda de trabalhadores seguindo em frente, a pé.

Creio que se a situação continuar a mesma, em menos de duas semanas, acontece tudo de novo. Tudo mesmo. E agora bem pior. Ninguém tem tempo para esperar mais oito anos até uma linha de metrô decente na região, ou uma idéia mirabolante para se descongestionar o trânsito daqui. A solução?

Comprar tênis novos!

quarta-feira, março 05, 2008

Anal.isando: Britney Spears

Anal.isando: Britney Spears

Sim, a seção mais conturbada do Acnóide está de volta. Depois de Hillary Duff e Vanessa da Mata (procurem por "anal.isando" na barra de procura, no canto superior direito da tela), eis que é hora (mesmo que tardia) da princesinha do pop norte-americano: Britney Spears. Isso é pra quem acha que a fama que ela ganhou de - vadia / drogada / mãe desnaturada / olha minha xana - abalou a loira.


Gimme more
Me dê mais

It's Britney, bitch!
É a Britney, cachorra!
Pára! Pára! Caralho! Rock demais!

I see you, and I just wanna dance with you
Eu te vejo, e só quero dançar com você
É, tá... deixa, vai. Simbora...

Everytime they turn the lights down
Sempre que eles diminuem as luzes
Just wanna go that extra mile for you
Só quero conseguir um pouco mais para você
(Pu- Pu-) Public display of affection
Demonstração pública de amor
Feel's like no one else in the room (but you)
Parece que não há mais ninguém na sala (mas você)

Já percebe-se aqui, que nossa loirinha dos peitos turbinados está falando sobre sua entrada no submundo das drogas. Como o "tóxico" que ela já cantou em outra música não foi o bastante, já no título, ela pede mais. As luzes abaixam = percepção da visão prejudicada / "Só quero conseguir um pouco mais de você" = precisa comentar? / Parece que não há mais ninguém na sala = "Tô doidona, véi... cadê todo mundo?!".

We can get down like there's no-one around
Nós podemos 'descer até o chão' como se ninguém estivesse por perto
We keep on rockin' (We keep on rockin')
Nós continuamos detonando
We keep on rockin' (Keep on rockin')
Nós continuamos detonando

Aqui já fodeu tudo: a droga caiu no chão, ela vai lá na sarjeta, e continua detonando as vias nasais. Po, bem rock, mas foda. Play!

Cameras are flashing my way
Flashes de câmeras estão iluminando meu caminho
Dirty dance
Dança proibida
And they keep watchin' (And they keep watchin')
E eles continuam observando
Keep watchin
Continuam observando
Feels like the crowd is saying
Parece que a multidão está dizendo

Cruel. Sério, dá pena. Ela ainda acha que tiram fotos dela pela beleza, e não pelo nariz escorrendo sangue ou por ela dançar lambada na lápide de John F. Kennedy. E eles continuam observando. É claro.

Gimme gimme more
Gimme more
Gimme gimme more
Gimme gimme more
Gimme (Uh)

Não vou traduzir, vocês sabem o que é. Aqui já é rôla, e ela quer mais e mais. Tanto que até engasga (Uh)

A center of attention ('ttention)
O centro das atenções (ções)
Even when they're up against the wall
Mesmo quando eles estão contra a parede
You got me in a crazy position (Yeah)
Você me pegou em uma posição louca (Sim!)
If you're on a mission (Uh-uh)
Você está em uma missão (Uh-Uh)
You got my permission (Oh)
Você tem minha permissão (Oh)

Mais sexo e libertinagem. Na primeira frase, ela engasga, novamente. Depois, no paredão (de costas para o amante), é pega em uma posição louca, ela fala "pode vir" e... Oh! Depois, a música se repete e vem a parte a seguir...

I just can't control myself
Eu não consigo me controlar
(Mo- Mo- Mo- Mo-) More Uh.
Ma-Ma-Ma-Ma- Mais Uh
They want more? Well I'll give'em more, Aww!
Eles querem mais? Eu vou dá-los mais, Aww!

Pára! Pára! Pára! Perceberam? Além das drogas que a deixaram bem louca na balada, ela não dava para o amante e sim, para A BALADA TODA. A ponto de nem conseguir falar direito, por causa dos trancos! Gente... que coisa. Mais pro fim, vem um carinha (negão, com certeza) soltando essas frases:

Bet you didn't see this one coming
Aposto que você não viu isso chegando
The incredible Lygo
O incrível Lygo
The lengendary Miss Britney Spears, haha
A lendária Senhorita Britney Sperars, haha
And the unstoppable Danger
E o incontrolável Perigo
Ha, you gonna have to remove me
Ha, você vai ter que me tirar
Cause I ain't goin' no where, haha
Porque eu não vou a lugar algum, haha

Fim da canção. Comeram ela: Lygo e Perigo. Chamaram ela de senhorita (e ainda tiraram um baratinho). Ela nem viu "isso" chegando (terceiro elemento da suruba - personagem secreto). Ela vai ter que remover, porque ele não vai a lugar algum.
Engatou.
Igual cachorro.

It's Britney, bitch!