segunda-feira, março 17, 2008

As mulheres, a sensibilidade e o álcool

As mulheres, a sensibilidade e o álcool

Ah, as mulheres! Esse ser que nos domina, nos cerca, nos tira os filhos, carro e apartamento. Ah, que coisa boa. Acordar pela manhã com uma fêmea do seu lado, ronronando no seu pescoço, toda descabelada, uma leoa na visão capilar. Elas fazem uma falta desesperadora, para nossa cama e para nosso coração. Deixam lá os seus buracos, como em um queijo suíço, cortam-nos a alma como um canivete suíço e são viciantes e gostosas como um chocolate suíço. Mas e quando, simplesmente, agem fria e impiedosamente, como o mais alto pico suíço?
Aprenderam a duras penas a conviver com sonhos partidos e a imposição masculina, conquistaram seu território e, agora, às portas da total independência, pecam no mais reprovável defeito dos homens: a falta de sensibilidade. Ainda assertivas, as mulheres do século 21 abusam da gravata e vivem a soltar bravatas pelo ar: "somos o que somos hoje, porque vocês nos fizeram assim". Ora, mas que visão mais pessimista do próprio umbigo! Se todo o azedume que carregam no peito e destilam nos atos for, realmente, o resultado de centenas de anos de sofrimento, o que os negros deveriam fazer conosco?
Percebo a cada dia que a mulher está perdendo a tênue linha que a separava do mais bruto dos animais - a sensibilidade -, na mesma toada em que marcam vidas com rancor, ódio e vingança gratuita.
A saída que os homens encontraram para poder assumir seu lado mais feminino, de forma abrupta, foi a bebida. Bebe para comemorar um amor conquistado, bebem para chorar as mágoas do fim de um carnaval, bebem para perder a máscara que usam 24h por dia de seres distintos de sentimentos. E isso funciona, por mais machista que possa soar. O homem se embriaga a cada momento com seus próprios lamentos de não encontrar mais na bebida uma alternativa plausível da indiferença das mulheres.

Garotas, bebam mais. Celebrem mais, arrisquem o grau mais alto. Nem toda bebida resulta em ressaca. Só não se esqueçam que, quando fizerem isso, estarão a um passo do seu mais digno e incoerente passado: a sensibilidade. Só tomem cuidado, pois, para algumas, isso pode se transformar em excesso de sinceridade - algoz tradicional da sensibilidade - masculina e feminina.

ps: textos sérios do Acnóide são produzidos por altas doses de cigarros e insônia.

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