quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Missão: sobrevivência, chapter 1

Missão: sobrevivência, chapter 1

Andar de ônibus, principalmente em uma megalópole como São Paulo, não é missão para qualquer um. Sejamos francos: nada é mais difícil do que se degladiar por espaço e oxigênio dentre, sei lá, 100 pessoas, às sete e pouco da matina. Você tem que ser safo, malandro, descolado e esperto. Veja a seguir, dicas imprecindíveis para você que está sem carro ou, pobre como eu, tem contato diário com os Mercedez Benz mais velozes (sic) do planeta:

A entrada

Parece mole. Você se apóia naquilo que costumam chamar de "corrimão", sobe uma das pernas, se apóia em uma, sobre a outra... mas não é apenas isso. Você precisa analisar o território, como em uma guerra. Ainda no ponto, identifique o local:

- O asfalto onde os ônibus costumam parar é, normalmente, mais danificado. Fiquei bem próximo dalí. É bom ter a vantagem de estar defronte a porta assim que seu coletivo chegar.

- Preste atenção na concorrência. Não existe Fuvest mais concorrida do que se entrar em um ônibus em horário de rush. Idosos são mais frágeis, mas não menos folgados e sem educação do que os mais jovens. Portanto, fique perto deles. Assim que forem subir, gentilmente, utilize o jogo de corpo e passe adiante. Acredite, eles fariam pior se tivessem uma bengala a seu favor, por exemplo. Gentileza às mulheres: esquece isso, djow! Tu tá no busão, não no Fasano.

O caminho até a catraca

Pagar já é um dos sacrifícios mais extenuantes possíveis. Você sente que o "sistema" te desce a vara a cada vez que descontam R$ 2,30 de suas finanças para passar perrengue. Mesmo assim, seja racional - por mais que a frente dos ônibus possa parecer mais segura, hoje em dia, todo mundo prefere passar a catraca só perto do ponto em que vai descer (economiza tempo no Bilhete Único, válido para até 4 conduções, em um período de 120 minutos). Você estará entre velhos, crianças, mulheres com excesso de creme no cabelo e gente que conversa com o motorista. Vaze. Vai pedindo licença, mas bem baixinho, porque muita educação é coisa de quem pega taxi.

A espera

Depois de ter passado a primeira barreira, é hora de buscar seu posto. Verifique, entre as dezenas de pessoas, as que estão sentadas e ainda não estão dormindo. Ou que não podem dormir. Essas, são as que vão descer em breve. Fique sempre perto delas para tomar o lugar com rapidez. As mulheres que a todo momento olham o horário no celular e ajeitam a alça da bolsa com freqüência, são outros bons postos de espera. Para quem já conhece o trajeto do ônibus, fica uma dica valiosa: Uniformes e crachás de empresas podem ajudar a saber onde o indivíduo vai pular fora.

Ah, o descanso

Assim que conseguir se sentar, preste atenção em que está a seu redor. Nunca é demais carregar uma bolsa ou mochila pesada de alguém, certo? Errado. Te toca, rapá! Soca o MP3 Player na orelha, relaxe o pescoço e durma (ou finja). Não há piedade nessa selva voraz. Evite, também, conversar com os outros passageiros. Ou você quer amizade com pobre? Ora bolas!

No próximo capítulo: regras de postura no ambiente de trabalho.

domingo, fevereiro 24, 2008

Herbert Richers III

Herbert Richers III

Caramba... quase terminando o mês (alguém avisa isso pro financeiro do meu trabalho?) e eu já ia me esquecendo dessa porcaria que inventei de fazer... mensalmente, aqui. Bem, não que tenha ouvido algo de especial de tempos para cá, mas essa música, da banda Bambix (Holanda) sempre foi uma das minhas prediletas, de 2000 para cá. Bela canção, provavelmente, um fim de relacionamento pelo ponto de vista feminino. A garota apanhava do marido. Mesmo assim, ela insistia em ter mais uma chance com o fulano... até o dia em que ela se emputece e... bem, vamos acompanhar:

Summersong (Canção do verão)

When you will come to your sense
Quando você vai cair na real?
Are you excluded from rules?
Você é excluído de regras?
You keep on pointing your finger
Você continua apontado seu dedo
pointing your finger at those other fools
Apontando seu dedo aos outros babacas
Where I believed in so-long
Quando eu acreditava em "até mais"
You said goodbye
Você disse "adeus"
Giving myself another reason to stay
Dando-me mais um motivo para ficar
Giving me another dark blue eye
Dando-me outro olho roxo

I can't see the light that shines on you and me
Eu não consigo ver a luz, que brilha em você e em mim
Won't you give me one more chance?
Você não vai me dar uma outra chance?

The beer in the refrigerator
A cerveja no congelador
Has no chance to get cold
Não teve chance de gelar
No matter how full I stuff it
Não importa quanto eu encha (o refrigerador)
Your eyes have the shape of the bottles you hold
Seus olhos têm a forma das garrafas que segura
And I don't dare to ask
E eu nem me arrisco em perguntar
Can you put it down?
"Você pode abaixar isso?"
Giving myself another reason to kill
Dando a mim outro motivo para matar
Because you're giving me another dark blue eye
Porque você está me dando outro olho roxo

It get's so hot, I open the window
Fica tão quente, eu abro a janela
Wash my hands and put the kettle on
Lavo minhas mãos e coloco o bule no fogo
Something's burning inside of me
Algo está pegando fogo dentro de mim
And it's been there for too long
E está lá por muito tempo
It get's so hot, I close all the windows
Fica tão quente, eu fecho todas as janelas
Put on the oven, and let the gas come out
Ligo o forno, e deixo o gás sair
I get my coat and I walk away
Pego meu agasalho e vou embora
You're asleep you won't make a sound
Você está dormindo, não fará um barulho sequer

I can't see the light that shines on you and me
Eu não consigo ver a luz, que brilha em você e em mim
You just took my only chance
Você tirou minha única chance

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

You're going much too fast

You're going much too fast

Muita coisa acontecendo nas últimas semanas, tudo rápido demais, Mirandinha Style. Mas dá para citar algumas aqui, como:

- De maneira impressionante, minha vida se tornou um nevelo de lã. Em menos de 20 dias, todas minhas ex-namoradas apareceram de algum canto do universo. Nesse tempo, conversei, desconversei, copulei, chifrei. O único ponto realmente negativo, é que sei que tudo isso vai acontecer daqui alguns anos, querendo ou não, mais uma vez. Gosto de todas elas, algumas mais, algumas como antes (sem trocadilhos aqui), mas a falta de contato total com elas faz parecer que o passado não existe. Então, de volta para o futuro, vamos lá.

- Revoluções por minuto. Primeiramente, isso é em homenagem a mim mesmo, que briguei por um título da matéria de capa da nossa revista de embalagens. Imagine uma matéria sobre embalagens. Ok. Agora, imagine você falando dos materiais da embalagem: PP, PE, PED. Legal? Né? Não. Então. Já que quem escreveu fui eu, pelo menos no título eu fiz algo legal: se é sobre o desodorante Rexona V8 (V8 = oito válvulas = motor potente de carro = design da embalagem arrojado), porque não citar o nome da banda RPM na chamada? RPM = Rotações por minuto (se for falar de motor). Como a marca lança um produto novo a cada 3 meses = Revoluções por minuto (nome da banda). "Ah, tá parecendo slogan, tem que ser informativo, conciso, blá blá blá". Em outras palavras, tinha que ser careta. Não mudei. Publicamos assim mesmo. E o diretor da marca gamou. É a segunda matéria minha que vira capa, em 45 dias. Chupa!

- Revoluções por segundo: E o Corinthians, hem? Jogando "pro gasto" no Paulistão, fazendo a obrigação na Copa do Brasil, e... inovando a cada dia que passa. Não bastasse o slogan "Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo!" - criado originalmente pelos torcedores -, veio a camisa roxa (criticada, martirizada, mas inovadora). Depois, veio a TV Timão (única do tipo no Brasil), o Ingresso Fiel, as marcas de refrigerantes e cervejas, o tigre de pelúcia e o tão sonhado "estádio" que, por enquanto, está 80% garantido (até 25/02 tem de ser comprado o terreno, que custa R$ 35 milhões). Marketing do Corinthians, Mirandinha Style.

- Abalou, sacudiu... cheguei em casa ontem, cansado, molhado e morrendo por um cigarro e descanso, e dei de cara (ou de ouvidos) com Ivete Sangalo, se esgüelando em minha sala. Mamãe ganhou um DVD da cantora bahiana mais pernuda do que João do Pulo por trocar pontos do cartão de crédito e me infernizou a noite toda com aquela putaria. Se bem que algumas músicas que ela canta eu até gosto. Não músicas dela, que são umas 3 entre 20, mas... ela é gostosa bagarái, rica, safada e fuma maconha, tá valendo.

- Vai ter show do Seven Elevenz, dia 10 de Maio, no Hangar 110. Na mesma noite, também vão tocar os Unripes, Razorblades, Gin Tonics e Zumbis do Espaço. Se você mora em São Paulo e nunca me viu passar vergonha em cima de um palco, aproveite, pode ser a última vez - com essa banda.

Vou ali, rapidinho...

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Metro-assexuado

Metro-assexuado

Que seja cortar o cabelo, aparar as unhas ou fazer a barba, eu nunca fui lá muito preocupado com minha aparência. Isso já gerou discussões em casa, daquelas: "Quem vai te querer assim?", ou "Você não se ama!", e até mesmo "De quê adianta ser inteligente e feio, ao mesmo tempo?". Pois então, é complicado. Trabalhando agora em uma editora especializada em beleza (mais especificamente, cosméticos e perfumes), tenho contato diário e obrigatório com temas que, até pouco tempo, corria como o diabo corre da cruz. Preciso estar atualizado no que tange às fragrâncias que são sucesso na Europa, os cosméticos que fazem a mulher parecer menos banalizada e, enfim, qual a diferença entre uma embalagem PEAD e uma PED.
Semana retrasada, cheguei na redação, liguei meu computador e fui buscar um café. Na parte de fora do local, sobre uma mesa, havia uma série de produtos de "cuidados diários". Cremes para as mãos, hidratantes para o corpo inteiro, desodorantes. Dei uma olhada e perguntei para a copeira:

- De quem é isso tudo?
- Ih, não sei. Cheguei hoje cedo e já estava tudo aí. Parece que deixaram largado, mesmo.
- Ahm, tá... será que pode pegar?
- Olha, não sei... acho que alguém deve ter separado para levar depois.
- Tá xierto, então!

No dia seguinte, chega um kit de higiene pessoal para a jornalista que trabalhava lá, antes de mim.

- Você quer, Koelho?
- Ah... sei lá... o que é isso?
- Bem... esse aqui é um sabonete líquido, esfoliante...
- Hmmm... sem graça, né? Não quero...
- Veio uma caneca com uma onça pintada junto.
- Caneca?! Ahhhh, eu quero! Eu quero!

Mais alguns minutos, e os outros produtos ainda estavam sobre a mesma mesa, do mesmo jeito que no dia anterior.

- Uai, ninguém ainda veio pegar isso?
- Olha, acho que deixaram aí para quem quisesse.

Resolvi, em um momento de puro oportunismo, pegar um desses cremes hidratantes para o rosto. Marca boa, na validade, pequeno... era minha chance. Coloquei junto do kit que já tinha "ganhado" antes e fui para casa, me sentindo o príncipe de Gales. Depois de um cansativo dia de trabalho, tomei meu banho e, depois, usei o tal sabonete esfoliante no rosto. Bacana, refrescante... minha pele parecia um pêssego (pela barba por fazer, mas estava mesmo bem mais macia). Minutos depois, passei o creme e, vejam só, aquilo realmente funcionava! Havia uma bunda de bebê no meu rosto. Repeti a operação nos dias a seguir. Exatos dois dias.

Porque depois, já me deu preguiça.
Eram cinco minutos para o esfoliante, outros cinco para o creme.
Dez minutos diários do meu precioso tempo gastos com coisa de baitola?!

Sai pra lá, rapá!
Aqui é Sparta!!!

sábado, fevereiro 02, 2008

Seleção brasileira de 90 X Seleção brasileira de 70

Seleção brasileira de 90 X Seleção brasileira de 70

Eis que, derrapando pelas curvas da internet, entrei no blog do Dik, meu amigo de ônibus lotados pela manhã. Esse post é uma cópia descarada do post dele, porque internet é baile de carnaval e ninguém é de ninguém. Ele comenta lá, que eu ganhei o prêmio de "O Feminino" no Friends Awards desse ano e, que se houver essa categoria em 2008, pelas respostas que deu, ganharia facilmente. Mas não é bem assim, amigo mameluco. Saca só:

É uma daquelas listas super inteligentes que o portal do Terra coloca no ar, pra ajudar no seu relacionamento, conhecer melhor o sexo oposto e comprar passagens de Natal durante um Reveillon: "25 coisas que você nunca vai ouvir de um homem". O que eu já falei, está em negrito. O que jamais direi, em vermelho:

1. Já que eu estou em pé, quer alguma coisa? - Fazer um boquetinho, sei lá...?
2. Você parece triste. Quer conversar? - De repente, você fica pior...
3. Por que a gente não vai no shopping e você escolhe alguns sapatos novos? - Te deixo lá escolhendo, vou tomar umas cervejas e tal...
4. Acho que precisamos discutir nossa relação - Simbora terminar essa palhaçada?
5. Sexo não é importante. Vamos ficar apenas conversando...
6. Antonio Banderas e Brad Pitt? A gente precisa ver esse filme!
7. Quer ajuda para escolher os sapatos?
8. Você está com dor de cabeça? Deixa que eu pego um remédio para você e faço uma massagem para relaxar - Massagem jamais. Remédio a poria em sono profundo, sempre uma boa opção.
9. Eu não sei o caminho. Vamos parar e perguntar - Alguém completamente perdido como eu, sempre tem que perguntar o caminho (idem à resposta do Dik).
10. Eu seguro sua bolsa enquanto você experimenta outra roupa
11. Esse vestido ficou bom, mas por que você não experimenta mais alguns? - Na verdade, homem fala isso quando acha o vestido que "ela" comprou, cafona, careta ou "diputa".
12. Aquela mulher tem os seios muito grandes - Um peitinho a mais, nunca é demais.
13. Você cortou o cabelo? - Essa eu uso quando não pergunto se a garota emagreceu. Só pra ela achar que está mais bonita, claro.
14. Esta noite quero te dar tudo o que você merece. Vamos ao restaurante mais caro da cidade
15. Deixa que eu lavo a louça. Hoje é domingo e você merece descansar

16. Querida, telefone para você. É o seu melhor amigo - Tirando a parte do "querida"...
17. Eu acho a Sabrina Sato tão artificial - Na verdade, artificial tem mais gosto, qualidade, né?
18. Prefiro ficar com você. Só vou ao bar se você for
19. Você vai marcar horário para fazer as unhas? Veja se tem um para mim também, por favor!

20. Já coloquei a roupa suja na máquina
21. O seu sapato não está combinando com a sua bolsa - Troca essa alegoria, senão, fica em casa.
22. Não compre na primeira loja, vamos andar mais um pouco para você escolher melhor
23. Acho que a empregada deixou poeira em cima da geladeira

24. Vou reclamar com o vizinho dessa história de a mulher dele ficar só de calcinha na janela - Não custa colocar uma cinta-liga, ora pois!
25. Amor, por que você não está enroscando os seus pés nos meus hoje? - Quer trepar, né? Vadiiiiiiaaaaa!!!

Im sorry, Dikerland Cabral.