sexta-feira, agosto 31, 2007

Tragedy

Tragedy

Fechado temporariamente, até parar a chuva aqui.
Enquanto isso, quem quiser, eu escrevo semanalmente sobre coisas sem interesse algum no Bubblegum Attack.

domingo, agosto 26, 2007

Inocência

Inocência

Peguei um dos meus antigos álbuns de fotos, daquelas que as bordas já estão amareladas e que todo dígito no verso começa com "198...". Achei uma que é, no mínimo, profética: meu primo de um lado, eu no meio com cara de idiota segurando um tufo de grama e fingindo que ia comer, e uma garota, que achávamos ser a última fruta do Jardim de Éden. Essa garota, da qual não lembro mais o nome, era minha "musa", porque sabia fritar pastéis. Os que eu gostava, os de "estambo limpo", segundo ela. Significava que o pastel não tinha recheio algum, só vento. Isso foi em Cupira, Pernambuco, em uma oportunidade nada inteligente em que meus pais tiveram a idéia de passar "uns dias" lá, na casa que meu tio havia comprado também sabe-se lá porque. Esses "dias", acabaram virando meses, e fiquei na cidade por um bimestre.
A casa do meu tio tinha uma pequena garagem na frente, uma sala bem grande, uma área maior ainda que não sei para que servia e cozinha. Os quartos eram tão grandes que dava para se perder dentro. Casa de cidade do interior de Pernambuco são assim mesmo, ainda mais, se custar mais de R$ 10 mil. As camas, em especial, tinham até sistema de massagem, com os sapos pulando debaixo dela, batendo a cabeça no colchão. O banheiro externo, único por sinal, também servia de abrigo de coacheiros, cobras e criaturas soturnas, como corujas. Havia um poço enorme no quintal dos fundos, onde além de nós acharmos que ná época havia um tubarão, era de onde provinha toda a água da casa.
Ainda me lembro da diversão que era matar sapos jogando sal em suas costas, amarrar morcegos em rojões e brincar de Comandos em Ação enquanto passava o cortejo fúnebre na rua do cemitério, a mesma da nossa casa. A mesma da nossa casa, da mercearia, do rio, da ponte e da esquina do colégio. Além disso, na cidade ainda se encontrava uma prefeitura que contava com porta-janela-armário de metal e mesinha e "o resto" (que hoje em dia eu sei que era mato e estrada). Voltando ao assunto dos cortejos, vale salientar que eram todos de crianças. Por semana, devia ter uns três. Caixões brancos e azuis, carregados nos ombros pelas ruas de terra e lama, acompanhados por cantigas e preçes. Era para ser uma cena bem traumática, se não fosse minha dose de sarcasmo já presente e bastente necessária na época. Lembro que uma vez minha mãe me deu a maior surra da minha vida, porque eu comentei que meu tênis tinha o mesmo símbolo da alça de um dos caixões. Nota: eu tinha um Ortopé, e sei lá porque, desenharam o bichinho da Ortopé do lado do caixão. Parecia uma caixa de cereal, eu não tive culpa por rir.

Bem, tudo isso é só para dizer que eu fiquei com "saudades" disso tudo. Não que queira para voltar para a cidade em forma de "T", mas que naquela época, era tudo tão mais legal... a gente acreditou que estávamos viajando para o exterior, só porque a viagem levou 3 dias de ônibus.

Ah, a inocência... que falta me faz!

terça-feira, agosto 21, 2007

After Party

After Party

Para não dizer que a premiação citada no post abaixo foi um sucesso, eu tive que ir de traje social completo. Até gravata. Um sapato social comprado ano passado, ainda com a etiqueta e tudo mais. Combinei com todos que chegaria às 20h, e com a ajuda do Feijão, chegamos às 21h. Churrasqueira já nos comandos de Giovano, convidados tomando cerveja e eu, esperando alguém me ensinar a dar o laço (o laço!) da gravata. Quando chegaram os chapéus (sim, arrumaram chapéus negros para todos, para ficarmos parecendo com o Al Pacino), já havia rolado uma boca de urna, onde, segundo os homens, eu ganharia o prêmio de "o mais chato" e "o inteligente" (chegaram a usar o argumento que esse segundo, graças ao blog, vejam só).
Por sinal, a premiação foi a prova de que homem não entende nada de mulher, e que mulher, nunca vai entender patavinas de homem. Os "favoritos" dentre a boca de urna masculina foram, a maioria, por água abaixo.

Dos favoritos, os únicos que garantiram a posse de medalha e certificado, foram o Irineu, como "o mais engraçado" (convenhamos, o cara é ator e faz comédia); Renato, como "o bom partido" (também ganhou o "mais romântico" e "mais lerdo"); e eu, como "o mais chato".

Agora, me expliquem a razão do meu segundo prêmio da noite e, sem dúvida, maior surpresa de toda a premiação: O FEMININO.

Vou deletar essa porra de blog.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Friends Awards 2007

Friends Awards 2007

Antigamente, eu tentava entender os amigos que tinha. Reza a lenda, que procuramos pessoas com nossas semelhanças em diferentes aspectos para nos relacionarmos, seja afetuosamente ou apenas d'aquele vínculo "E aí, tudo bem?". Se isso for mesmo verdade, e se Darwin tinha mesmo um bom humor invejável, creio que eu seja bem idiota. Sim, porque meus amigos podem soar cretinos em diversos modos, mas eu me encaixo nesse mesmo patamar em outros tantos... Mais ou menos três meses atrás, me chega pelo e-mail um arquivo do Word, nomeado "Friends Awards.doc". Logo pensei que fosse algo interessante sobre um dos meus seriados de televisão preferidos, mas não... assim que abri, vi um formulário com a minha foto e de mais 5 amigos, divididas em 14 "categorias". Comecei a perguntar pra mim mesmo, o por que diabos eu estava prestando tanta atenção àquilo. "O tarado", "o estiloso", "o cafageste"... e por aí vai. Dei-me conta que já havia se passado 10 minutos e eu continuava lá, olhando para aquela babaquice. Peguei o telefone e liguei para o Rodrigo, que desde criança, foi apelidado pelos pais de animal, aquele singelo personagem rosa e retardado do Muppet Babies.

- Cara, que porra é essa que você mandou para mim?
- Uhuuu! Hahaha! Friends Awards 2007, rapá!
- E teve o 2006? De quem foi essa idéia?!

Argumentei negativamente pelo evento, até saber que só nossas amigas iriam votar, e que eu era o favorito na categoria "mais chato". Pus-me a escrever algumas linhas sobre cada um dos competidores, conveniente a cada categoria. Pensei que iriam enviar para as garotas por e-mail, mas não... imprimiram com tinta o bastante para tatuar a Pangéia na bunda da Preta Gil, entregaram a cada uma do "júri" pessoalmente, e ainda inventaram uma cerimônia para a entrega dos prêmios.

O resultado, é que a bagaça rola sábado que vem, e todos os competidores têm de comparecer ao local determinado para a festa de traje social completo e acompanhados por suas damas. Até aí, ok, nada muito difícil de se fazer.

Mas agora eu fiquei sabendo que vai ter churrasco e cerveja.
Tapete vermelho e púlpito para discursos.
Medalhas e certificados para os vencedores.
E ainda vão eleger "o rei e a rainha do baile".

Porra, agora eu quero ganhar!!!

segunda-feira, agosto 06, 2007

Ué?!

Ué?!

Deixando claro o motivo de tanta ausência ao mundo de Acnóide: Essa joça não está abrindo no meu computador. Nem ele, nem nenhum blog que tenha "blogspot.com" no endereço. Porque? Não sei, ora bolas. Se soubesse, não justificaria aqui o porque de não escrever mais.
E nem estão perdendo demais. Ando sem lá muitas novidades, ultimamente.
A mais "importante", talvez, tenha sido eu ter criado vergonha na cara e renovado minha carta de motorista. Não que eu estivesse pensando isso a todo momento. Ela venceu em Março do ano passado e, desde então, não movi uma palha sequer para saber o que iria acontecer. Até porque, nunca escondi que dirigir me dá o mesmo prazer de uma sopa de chuchu. Medo, burrice, preguiça, um pouquinho de tudo. Dei uma bela broxada também após ver tantos amigos partindo dessa para uma melhor em acidentes, brigas de trânsito, entre outros. Mas agora, está na hora de assumir a responsabilidade comprada pela bagatela de R$ 600. Não posso mais depender de caronas para tudo que me dá vontade de fazer. Nem quero. Em breve, estarei dirigindo como aquelas aposentadas por invalidez, com toda a perícia necessária para me levar daqui até ali. E me basta isso.

De resto, continuo aproveitando minha mais nova aquisição: uma cama de casal.
Sozinho, na maioria das vezes, mas aproveitando.
E não... não cabe seu traseiro enorme nela.

Passar bem.