segunda-feira, setembro 10, 2007

Insert Coin

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"Momentos de êxtase intensos, normalmente, são seguidos por uma profunda depressão".
Lembro que ouvi essa frase em um seminário que fizeram para os alunos do meu colégio, lá pelos idos de '99, em uma sala onde todos já sabiam o que era tomar um porre, um cigarro de maconha, um alucinógeno qualquer. A mulher que dava a palestra, insistia na tecla de que, como já havia passado por isso, podia explicitar bem do que estava falando. Na época, ela foi a faísca de algumas risadas maldosas por parte dos meus amigos e também de mim, mas hoje em dia eu consigo entender do que ela dizia.
Minhas últimas semanas se resumem um pouco no que ela tentou nos explicar na época. Quando uma montanha-russa deixa de ser novidade, as chances do carrinho parar sem solavancos e você nem se dar conta da velocidade que estava, são bem grandes. Você bate a cabeça de um lado e de outro, levanta os braços e grita para tentar afastar a sensação desagradável que é ter o corpo lançado feito uma bala em uma parede, e acha aquilo tudo normal. É seu momento de êxtase. Daí, o carrinho pára, a pessoa do seu lado solta as travas e a vida volta a ser aquela fila longa e vagarosa de sempre... aí, meu amigo, você já sabe o que vem adiante. Sua volta já foi completada e a ficha, infelizmente, já caiu.

Agradeço sem medidas a todo mundo que pôde estar comigo no meu aniversário, me fazendo levantar os braços a todo momento (nem que fosse apenas para pedir "-Truco!"), me jogando ovos e arroz-café-farinha-achocolatado-água na cabeça em uma manhã de domingo.

Pra mim, valeu tudo.

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