quarta-feira, novembro 19, 2008

O mal que o perdão carrega

O mal que o perdão carrega
Teclem e segurem Alt para clicar nos links, porque não tenho saco de arrumar isso tudo

Como se não bastasse o ex-marido e ex-PM (pica murcha) Marcelo Silva ter traçado a vovó Vieira durante dois anos, comido e espancado umas biscatinhas num motel vagaba do Rio de Janeiro, atropelado e matado "por engano" o cachorro da senhora e ter sido acusado de espancamento pela própria amante de 24 anos, agora ele dá uma entrevista exclusiva para a Sônia Abrão dizendo estar arrependido e que seus planos são de pedir perdão para a cornuda e, quem sabe, posar para a G Magazine.

Cara, se tem algo que você deve pensar bem antes de fazer é dizer que vai pedir desculpas, perdão, "foi mal aê" ou qualquer outra coisa para alguém. O pior que pode acontecer, para economizar linhas, é a pessoa aceitar e começar a chorar dizendo que, no fundo (ui!), ela nem estava brava contigo. Já pensou você tendo de caminhar de mãos dadas e olho roxo ao lado da coroa em troca de algumas centenas de reais e um apartamento para sua progenitora? Isso sem contar ser taxado de assassino, mal-caráter, veado e agressor. Você acha isso bonito? Onde? Vai perguntar pro Edmundo, Pelé, Richarlyson ou pro Zidane!

Distantes anos 2000 atrás, eu tive a oportunidade de me ralar de verde e amarelo numa história dessas. Na época, com mais espinhas e menos peso do que hoje, eu ficava com uma garota menor do que eu. Na idade e na altura, porque ela devia pagar IPTU do logradouro que seu corpo habitava. Para não dizer que não falei das flores, ela tinha o cabelo azul (e não era o Espirro, era coisa de "jovem rebelde", mesmo). O problema é que dois meses depois, eu comecei a me engraçar com uma gaúcha de cabelos... pink. Sabe, eu não sou uma pessoa indicada para falar bem ou mal da coloração que as pessoas tingem suas madeixas, mas a adolescência é uma fase escrota demais para ser criticada (vide emos).

A gaúcha era bem mais descolada, bebia e fumava, ouvia rock e... bem, ela era gaúcha. Comecei a gostar da peça e tive que inventar uma história mirabolante para não magoar o Es... a outra. Pensei em dizer que meu AZT estava no fim e, por isso, não poderia deixar aquele peso nas costas dela (se bem que com aquele tamanho todo ela aguentaria numa boa) de ficar com um moribundo. Infelizmente, pedir desculpas é - sempre - a pior das opções. Quando ela chegou ao show, o toco azul, pensei: "Caramba, isso vai ser difícil. Ela é gente boa, simpática, amiga e... [aqui tudo ficou bem mais fácil] ... caralho... por que ela está vestida de Pula-Pirata?". Sabe-se lá o que passou pela cabeça anil da garota, mas ela encontrou um amigo na entrada do recinto e pegou a bandana preta de caveiras dele emprestada... e veio até mim.

- Oiê!!! =)
- Opa! Chegou faz tempo? =/
- Ah! Que saudade! Me dá um beijo!
- Hem? Chegou faz tempo?
- O que foi?
- Sabe, eu preciso falar com você sobre uma coisa... a gente não pode ficar mais.
- Como assim? É brincadeira, né?
- Não, é que... [começa o choro da menina]
- Meu, por quê? Por quê? [todos nossos amigos ficaram olhando, pasmos]
- É que... espera, pára de chorar, assim não dá...
- Meu Deeeeeus! Que meeeerda, Koeeeeelhoooo...
- Olha, é mentira! DESCULPA pela brincadeira! Eu quero te pedir em namoro.

Foi meu primeiro namoro. Durou exatas 35 horas e acabou por telefone. A gaúcha de cabelo pink durou um mês me chifrou com três caras e duas garotas e, hoje, é mãe de santo e mãe de um capetinha, lá em Curitiba. Portanto, futuro modelo da G Magazine, fique suas putinhas baratas que dão menos dor de cabeça e mais prazer do que a velha rica. E dá um tempo com os pedidos de desculpas.

Passar bem!
ps: para quem fuçou todos os links, no meu Orkut tem foto minha com o Espirro - o verdadeiro.

Marcadores: , , , ,

terça-feira, novembro 11, 2008

É tudo verdade

É tudo verdade

Se existem verdades absolutas, algumas já me são bem conhecidas. Uma delas diz que "para morrer, basta estar vivo". Depois de perder dois amigos daqui de onde moro em acidentes automobilísticos, foi a vez do terceiro. Este, porém, convivi por cinco anos, quase que diariamente. Predicados ao Animal não me faltam, mas isso não é local aropriado para ficar de exautações. Aquele papo de que "só valorizamos algo quando perdemos" também vale como sentença. Outra dessas frases que habitam nosso dia-a-dia, é que "se trabalho fosse bom, não te pagavam pra fazer". Pela segunda vez em 2008 estou desempregado - dessa vez, pelo argumento invencível: "Estamos cortando custos". Somando que isso tudo aconteceu em um período de apenas 7 dias (Oi, Samara! Oi, Luciana Gimenez!), eu deveria estar aos frangalhos, achando a vida uma bela espinha na ponta do nariz em véspera de baile de formatura, mas estou bem. Não sei como, mas estou. Deve ser o Fifa 09 que comprei, que me mantém sedado horas e horas por dia, ou a namorada que mesmo vendo que eu sou um daqueles pesos amarrados na perna da garota, me dá força e diz que "isso tudo vai melhorar, você vai ver!".

A única vontade que tenho agora é de virar logo a página de 2008 do calendário. Coisas ótimas me aconteceram, mas só de ver Papai Noel dançando tcha-tcha-tcha nas lojas me bate um sentimento quase que homicida. Se eu pudesse escolher, agora, estaria na guerra do Iraque, só de sacanagem, escondendo granadas sem pino na cueca dos americanos e gritando: "Ow, que horas são?". E isso não é revolta com nada . É uma bota tamanho 43 que assola o meu saco.

O Corinthians já voltou para a Série A, o namorado da minha avó conseguiu falar "estrada esburacada" sem babar na roupa, o Jair Rodrigues é presidente dos Estados Unidos e a bolsa estourou - quem vai parir o quê, ainda não sei. No final das contas, eu quero mais é whisky e água de côco. Escrever aqui é que não dá, por enquanto... minha cabeça anda ôca.

Marcadores: , , ,