quinta-feira, agosto 21, 2008

Síncope

Síncope

É, eu pensava que o azar tinha ficado cinco esquinas atrás, mas ele continua na minha cola. A tal "empresa" é mesmo uma falcatrua atrás da outra, porém, jornalistas que somos, fomos atrás dos dados e comprovações necessárias e - plim! -, vamos colocar os donos no pau (um deles vai amar, com certeza). Enquanto isso, estou semi-desempregado, caçando oportunidades e pensando seriamente em amadurecer um sonho que achava ser banal, e que com uns empréstimos aqui e acolá, pode, um dia, virar realidade. Autogestão é bacana, mas dá mais trabalho do que ser peão. Veremos o que os dias a seguir me aconselham a fazer. Provavelmente, antes de eu ter um ataque no meio da rua e lamber o asfalto.

Ah, e assumindo um "mea culpa": já sei em quem vou votar para a Prefeitura, e é na Soninha.
Não que de um dia para o outro, eu tenha amado a idéia dela de que os trabalhadores podem se valer da bicicleta para chegar no trabalho, mas uma candidata que usa all-star vermelho e jaqueta jeans durante uma entrevista à Rede Globo e posta um vídeo do Homer Simpson no blog, merece meu voto de confiança.

O blog dela?
Vai no Google.
Eu não ganho pra isso.
Nem pra isso...

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quarta-feira, agosto 13, 2008

Hate to say I told you so

Hate to say I told you so

Eu bem que avisei: uma empresa que se compromete a lançar um produto novo, do qual não têm a menor experiência ou noção do que seja, é sinônimo de problema. Na segunda-feira, mandaram para a rua os três repórteres que trabalhavam comigo. Dez minutos antes, apareceram com um termo para os caras assinar, onde eles passavam à empresa todos os direitos sobre os textos que haviam escrito. Eu nunca fui lá muito cagão, mas... agora a revista está, quase que literalmente, toda na minha mão.
A "editora-chefe" mal fica na empresa, já que foi recrutada desde o início pela diretoria para captalizar recursos para a publicação. E começo a achar isso ótimo, porque só o texto editorial que ela escreveu para a revista n°1, já me deu arrepios. Isso, porque foi a única coisa que ela escreveu, até agora. Do meu lado, ficará apenas um fotógrafo/repórter, que vai me ajudar em algumas coisas, ilustrar as matérias e tudo mais. Outras duas designers, que estão montando as páginas da revista (muito bem, por sinal), também estão sob minha tutela.
Hoje eu nem consegui ir trabalhar, de tanta dor de cabeça.
E ainda dizem que "quando se trabalha no que gosta, nada é demais".
Meu pau não é demais.
Dia 22, suposto lançamento da revista e pagamento do meu salário atrasado, volto aqui.

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terça-feira, agosto 05, 2008

Nico Bellic Mode

Nico Bellic Mode

Não sei se é o stress do trabalho, o sono matutino, o trânsito ou a falta de paciência que me é habitual que me leva ter os pensamentos mais sangüinários possíveis. Essa maldita era da "inclusão digital" ainda vai causar o caos mundial. É gente usando o Orkut como forma para fazer amizades, usando MSN para conseguir sexo, usando megabytes para ser anos 80. Se a Mulher Melancia os pariu, não sei, mas essa onda de celular 3G e outras modernidades não tão modernas assim, estão na hora de acabar!
Hoje, um corno, dentro do ônibus, ligou seu super-avançado celular no mais alto volume e ficou lá, fazendo todo mundo gostar de seus pagodes e, posteriormente, seus funks. Não que a música me perturbasse. Ele me perturbava.
O cara era negro. Por 14 minutos, aproximadamente, eu me senti o líder do próximo Reich, pois nunca insultei tanto a raça negra (ops!) mentalmente como hoje. Eu só conseguia imaginar o ônibus freando abruptamente e ele voando pelo vidro, e lá no fundo, a canção do seu celular, tocando baixinho. Outra coisa que imaginei, foi eu ter o mesmo aparelho que o maldito e encostar nele, dizendo:

- Po, que celular bacana! O meu é igual!
- Ah?
- É! Olha!
[coloco uma música do Slayer no último volume]

E assim ficaria, por toda a viagem. Pensei também em acender um cigarro e fumar, já que é tão proibido quanto o uso de aparelhos sonoros em veículos de transporte público. Mas o mais sagaz possível, seria eu ir para o centro do coletivo, abaixar as calças, e soltar um belo barro. Daqueles que são até barulhentos. Limpar a bunda na catraca e descer, sentido felicidade.

Depois dizem que os jogos de video-game são violentos e influenciam as pessoas.
Quem dera.

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