Super Koelho
Super Koelho
Esses dias, estava conversando com uma amiga e ela me disse: "Você era bem tosco quando era loiro". Para quem não sabe (duvido que não saibam) eu passei quase um ano loiro. Isso foi no começoo da minha primeira faculdade - nãoo concluída, graças aos Ramones - de Propaganda e Marketing, na Unip. Era legal ver aquele povo vestido igual ter medo de mim ou achar que eu estava sob efeito de alguma droga. Depois, pra "radicalizar" ainda mais, pintei de vermelho, que acabou ficando laranja, e aí sim, ninguém mais me enchia os córneos (que eu ainda nem tinha). Nem sentar do meu lado em um ônibus cheio. Nem me pedir cigarros, "um gole", ou coisa qualquer. Voltei a normalidade do ser uns 3 meses depois. Achei um tédio. Fiquei amistoso demais, meigo demais e decidi que estava na hora de foder tudo, de novo. Isso, quase 3 anos depois da primeira tormenta. Pintei de loiro, novamente, e abusava da dose do xarope: barba preta, cabelo amarelo e as laterais, pretas. Eu parecia um guaxinim ou mascote de algum time norte-americano. E estava pouco me fodendo, também. Nunca tinha parado muito para pensar o que me levava a fazer aquelas coisas, mas hoje, mais... er... maduro, entendo: eu queria - mesmo - é que tudo fosse pra casa do baralho. Houve época que eu acordava de manhã e odiava ver aquele babaca no espelho. Era básico, simples, de fácil compreensão: bastava eu pintar o cabelo e eu voltava a ser um merda qualquer, mas agora, com motivo pra me achar um merda. Abusava de bebida, de dinheiro, de tudo que pudesse me fazer mal o bastante para ter orgulho de dizer que eu estava me acabando por vontade própria. Chamaram isso de alter-ego, eu chamava de "responsabilidade", por mais irresponsáveis que fossem meus atos. O dourado-sujo do meu cabelo me dava super poderes, vai saber?! Sabem quando o Homem-Aranha veste a roupa negra? Bem isso.
Comi mulher demais.
Bebi demais.
Vivi como se amanhã o mundo fosse acabar em bosta.
Fiz inimigos de norte a sul.
Conheci uma porrada de gente mais maluca e genial do que eu.
E ainda pagava de alternativo.
Pois é, bons tempos.
Que fiquem lá pra trás.
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