sexta-feira, maio 25, 2007

Zorra Total

Zorra Total

Deixando claro, antes que vocês iniciem a jornada, de que eu estou pouco me fodendo para estudantes universitários de quaisquer instituições que sejam. Pois...

Mais de 20 dias de Woodstock na Universidade de São Paulo. Muita maconha, bebida, putaria no escurinho e comida requentada (trazida pelas mães dos neo-hippies, que também levam agasalhos e... mp3 players). O governo não cede, os estudantes muito menos e a tropa de choque, pobre coitada, sabe que se entrar em ação, será chamada de todos os nomes que me passam pela cabeça ao pensar em coisas agradáveis. Um amontoado de faixas feitas em papel kraft e tintas Faber Castel. Blusas de lã, Nike Shox, Catuaba. A USP é o retrato da juventude que perdeu boas temporadas de Anos Incríveis: um remendo do politicamente incorreto, regidos por dois partidos de extrema esquerda e por funcionários que apenas querem um aumento de salário - que se dane a faculdade, a USP nunca foi para eles.

Se não fossem bizarras algumas "exigências" dos alunos dos cursos de Filosofia, História, Geografia e Letras, tais como "a paz mundial e o fim da fome", outras talvez até teriam alguma lógica. A maior volúpia dos estudantes que imprimem fotos de Karl Marx em livretos com seus protocolos é a de lutar pela autonomia da universidade. Que é pública, como todos sabem, mas é mais dos "uspianos" do que de qualquer paulista. Mais deles do que de qualquer brasileiro, se pelo prisma de suas cabeças, pensarmos: as contas da USP não podem ser divulgadas no diário oficial. De todo e qualquer outro orgão público, sim. Da Universidade de São Paulo, não. Ora bolas, claro que não podemos ter o direito, como cidadão e contribuinte, de saber o quanto estão gastando para contratar professores, com funcionários e/ou reformas estruturais. Isso, apenas a eles interessa. É quase como essa lengalenga dos corinthianos dizerem que o time e a instituição é deles, da torcida. Meus ovos! O Sport Club Corinthians Paulista é de Alberto Dualib, por direito e insistência política, e da MSI, por poder aquisitivo. Os professores que prostestam, também, em frente à Câmara Municipal, são em grande maioria, exemplos a serem seguidos por seus alunos - os quais, provavelmente, menos de 20% vão conseguir entrar em uma faculdade pública, quiçá, a USP.

Mas o Corinthians é - e sempre foi - uma zona. Tal qual sua torcida. Fazem locação do próprio clube, aos finais de semana, para igrejas evangélicas faturarem em cima da (agora, quase que literalmente) "torcida fiel".

Mas os professores são - e sempre foram - mal exemplo para seus alunos. Tais quais seus alunos, que acabam influenciando gerações futuras. Uma classe trabalhadora que usa placas de trânsito para agredir outra parte da classe trabalhadora, inclusive parando o trânsito em plena quarta feira, merece um adjetivo totalmente oposto ao de "trabalhador".

E a USP é - e sempre foi - universidade de uma fatia merecedora: a dos Dualib's e Joorabichian's brasileiros. E lá não tem quadras abertas nos finais de semana ou cultos religiosos. Eles têm raves.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial