sexta-feira, junho 06, 2008

Cri-cri, eu?

Cri-cri, eu?

Se existe algo que me "emputece" constantemente quando leio os jornais, é o fato de - sempre -, encontrar os mesmos jornalistas, escrevendo sobre os mesmos assuntos, com as mesmas idéias e concepções políticas de 20 anos atrás. Sim, concepções políticas. Até porque, sem política, um jornal não sobrevive - automaticamente, não consegue anunciantes, que consequentemente, são empresas financiadas por vários políticos. Ainda é possível encontrar em textos diários, acusações desprovidas de teorias sólidas, sem o menor respeito à averiguação e ausente de qualquer tipo de conotação investigativa: basta um dizer, todos ecoam. Vide o episódio em que uma loja de colchões pegou fogo no bairro de Moema (em SP, região "próxima ao aeroporto"), para já falarem que um avião da Pantanal se chocou com o prédio. O resultado foram rádios, sites, e até mesmo noticiários internacionais, lembrarem por 19 minutos do "Caos Aéreo Brasileiro". Até estranhei não falarem que Dilma Russef ou Lula estavam na cabine (por sinal, saiu no jornal que "a culpa" pelo acidente em Congonhas que vitimou mais de 300 pessoas foi a manopla posicionada de maneira incorreta na cabine do piloto? Ah, saiu? Estranho não repercutir). Ao menos, o irresponsável e apressado jornalista da Globo News e O Globo foi demitido.
Foi o mesmo com o assassinato de Isabella, com o território sem-dono que seria a Amazônia e a inflação causada pela crise dos alimentos - no mundo todo, diga-se de passagem. A soja ocupa os pastos destinados para os bois e, os bois, ocupam o espaço que deveria ser destinado a plantação de soja. Ambas práticas, oriundas de desmatamento da Amazônia - alguém aqui viu um elo não aproveitado por qualquer meio de comunicação?
Dica do Acnóide para colunas semanais:
"Basta matar todos os bois, enchendo a barriga deles com soja, até ficarem de língua de fora. Vai sobrar alimento para todos, os preços vão baixar".
Eu conto os dias para ver essa manchete na primeira página da Folha ou do Estadão.

Eu sempre disse, e sempre vou dizer: as profissões mais nojentas do mundo, são direito, publicidade e jornalismo. Fazem o que querem, pelo que mais os interessam, não medindo consequências ou proporções emblemáticas do que suas carreiras deveriam ser.

Povinho sem criatividade e critério.
Povinho de que faço parte, infelizmente, até então.

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