Tô beje!

Tô bege!

Esses dias eu estava na Av. Paulista, comprando material proveniente de contrabando coreano, quando avisto um trio-elétrico, lindão, amarelo e azul, com um punhado de quarentonas e cinqüentões ostentando bandeiras do Brasil, entoando coros e com narizes de palhaço. Sem querer, trombei com o "Cansei". Ou com o "Fora Lula". Ou com o "A Grande Vaia". Ou com qualquer um desses flashmobs politizados que buscam a dignidade do nosso país, que, segundo eles, foi perdida desde que L.I.L.S. assumiu a presidência.

Antes de mais nada, é importante afirmar: o movimento, 90% planejado via internet (Orkut), tem um apelo popular incrível. Se não errei no "olhômetro", umas 1.500 pessoas estavam na avenida, com cartazes de frases "copy + paste", camisas pretas e insinuando que Lula irá comer criancinhas em sua ceia de Natal. O movimento aconteceu simultaneamente em 9 cidades do país. Juntando o público total, pelo cálculo feito nas comunidades do Orkut que abordam o tema, foram 5 mil pessoas, no país inteiro. Muita gente. Já vi jogo do Araçatuba que tinha mais gente só na fila do hot-dog.

O lance mais bizarro, talvez, seja ver tanta gente encruada achando que, um dia, alguém vai olhar para elas e dizer "Po, simbora puxar a cadeira do analfabeto que almoça com a família real sueca?". Sim, porque, se o Dualib teve de ser investigado até pela Interpol para desocupar o cargo, imagino que eles possam ter alguma chance. Tipo, daqui uns 3 anos, quando termina o mandato do presidente.

Até aí, tudo jóia. É normal, natural e providencial reclamar e protestar contra quem não se pode aceitar. Já tivemos exemplos disso na Alemanha nazista, por exemplo, é batata. Agora, a carta de "protesto", enviada por Luciano Huck à Folha de S. Paulo, referente ao assalto que sofreu em São Paulo, quando lhe roubaram um rolex de R$ 48.000 é impagável.

Devo assumir: meu novo candidato a presidente, será Mr. Manson. A carta do narigudo, publicada e comentada no Cocadaboa, é um marco. E não é marco alemão, o único que Huck provavelmente deve conhecer.

Aiai, eu também cansei, sabe?
Vou ali na Oktoberfest, me reunir com meus ancestrais arianos e beber cerveja, enquanto o povo se rala com Dolly.

Loucura, loucura!