Não pertence

Não pertence

Esses últimos dias foram complicados. Fiquei meio desanimado em perceber que, agora que tenho tv a cabo, mal fico em casa tempo suficiente para assistir meus seriados preferidos, filmes e outras coisas bacanas da tv classe média brasileira, Canal FX, por exemplo. Chego em casa por volta das 19h, morto. Deito no sofá com um copo de coca-cola e meu cigarro, assisto aquela novela deplorável da Globo para fazer um "social" com a família, sou perguntado coisas do tipo "quanto você conseguiu juntar do salário esse mês? / você dormiu na casa dela e não me avisou por quê?", entre outros. Daí, tomo meu banho, janto, levo o cachorro para seu cooper noturno e volto, quando já são pra lá das 21h. É quando eu faço a segunda sessão de socialismo (sic) na sala de casa, até as 22h e, só então, recolho-me aos meus aposentos. Se o vício fosse pouco, ainda entro na internet por longos 30 minutos. Tempo necessário e de sobra para ler meus e-mails, ver aquelas mensagens de processos seletivos para trainees de grandes empresas onde dizem "opa, valeu aí, fica pra próxima, mmmkay?" e bato papo no MSN (que hoje em dia, é uma das coisas mais chatas e necessárias que eu faço). Quando já chega quase as 23h, é que ligo a televisão e fico caçando as reprises dos filmes e séries que perdi. A televisão a cabo foi feita para tirar o Homem da vida social, exaltar o individualismo e tudo mais. Seria minha maior paixão, se não fosse o prazer que tenho de me martirizar todo dia achando que alguém tem algo interessante a me dizer na internet.
Para não dizer que isso é pouco, semana que vem, realizarei meu sonho de infância... ir a Oktoberfest. Ok, eu já não era mais criança quando tracei essa meta em minha vida, mas é um sonho antigo. Darei (mais um) bolo no trabalho, torrarei centenas de Reais, e tenho certeza de voltar de lá com aquela sensação de "Isso, agora, te fode. Ainda faltam 15 dias pro fim do mês".

Ou seja, esse foi um post sem nexo algum, de um cara extremamente gripado e com dor nas articulações.

Até mais.