segunda-feira, junho 11, 2007

Mas, por quê?

Mas, por quê?

Dá pra entender. Afinal, eles são todos bem abonados, a maioria tem curso superior, moram no exterior e vêm torrar alguns dólares e euros por essas bandas, uma vez ao ano. E gastam barbaridades, por sinal. Se um quarto de hotel, na Avenida Paulista, na época da "Parada" não sai por menos de R$ 200/dia, imaginem o que é uma festinha privé do pessoal cheio de plumas.
Dá pra entender que seja um dos maiores eventos do gênero, se não o maior, em todo mundo. Em um país em que se acha normal exibir mulheres desnudas logo no começo do ano, usar e abusar do corpo e suas capacidades para "espantar a tristeza", não é nada assustador presenciar uma cena de sexo oral entre dois homens, em plena Alameda Santos, num sábado a noite.
O que não dá pra entender, ao certo, é o motivo de tanta alegria e frivolidade. Cheguem ao senso comum: ninguém que vai assistir a parada, por livre e espontânea vontade, vai com a menor intenção de dar um "ok" para aquilo tudo. Sim, é fato: as pessoas vão para dar risada daquele amontoada de gente porpurinada, apontar e falar "Meu Deus, o que é aquilo?! Hahahaha!". Mas, se eles gostam, que assim seja. Pois eles podem tudo. São a mais viva prova da "felicidade" que é ser brasileiro. Australiano. Americano, Chileno, Argentino...

E eles podem distribuir folhetos ensinando como consumir drogas. "Não divida seu canudinho com mais ninguém (em caso de uso de cocaína). Você corre o risco de contrair doenças, como Hepatite". Ok. Doenças de canudinho, bem chic.
Mas eles podem, eles são educados o bastante para saber o que fazer com seus oríficios (po, o nariz é um orifício!).

Mas se fosse uma parada do orgulho negro, na Paulista, distribuindo folhetos ensinando como fumar um baseado qualquer, ah... a polícia ia treinar para os Jogos Panamericanos, com certeza.

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