sexta-feira, maio 13, 2005

Barber shop

Estava hoje eu, lindo, leve (sic) e loiro caminhando pela calçada aqui do condomínio, quando avisto a placa: "Corte de cabelo: R$ 5!". Chance de ouro, já que as contas aqui andam apertadas, e o dinheiro, nulo. Adentro o local, e uma bela mulher gorda de uns 50 anos me pergunta:
- Pois não?!
[Note que usou a pergunta imbecil número 2, e não a: "- Veio cortar o cabelo?"
- É, corte...quanto é mesmo?
- Cinco reias! Tem preferência por algum cabeleireiro?
[Ah sim, madame! Um bem forte e com cara de macho, por favor!]
- Ahn...não...qualquer um serve, mesmo.
- Ah, tá! Vou chamar ele então!
[Perae, ele quem?! Eu disse qualquer um, porra!]
Não para minha surpresa, a velha volta com uma descupa esfarrapada de que o cara tinha ido almoçar. Acho que a plaqueta "Precisamos de cabeleireiro" explicava muita coisa.
Ela mesma iria fazer o serviço. Começam as indagações:
"Vai cortar com máquina ou tesoura?", "Deixo a costeleta?", "Você mesmo que fez essas 'luzes'?", "Onde eu deixei a tesoura?", entre outras.
Em certa altura do campeonato, comigo já quase em estado vegetativo naquela cadeira vendo a mulher gorda se embananar toda, ela me lança um elogio:
- Nossa, você tem um cabelo muito bom! Lisinho, bem cuidado, que bonito!
- Ahn, é? Ah, brigado...ele era bem melhor quando eu era pequeno, e...
- PARECE DE MENINA...!

Nunca mais volto lá.

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