O grande prédio cor de burro quando foge

O grande prédio cor de burro quando foge

Ontem dei a última passeada pelos corredores da Unisa, como aluno. A última vez que percorri os halls com alguma tensão, afinal, era minha última prova de DP (que por sinal eu peguei por dever 0.25 pontos no final do segundo ano, mas eu tava com tanto problema que nem reclamei). Sentei naquela cadeira "universitária" que sempre tanto odiei, desde a oitava série. Peguei a prova, lí, mais uma vez, fiz. Nove e meio, maravilha. Terminou a jornada, se é que pode-se chamar assim. Bons votos dos professores, "passa aqui de vez em quando", a passada pela enfermaria agora já sem minha amiga... nada prá fazer. Amigos em provas, bar vazio... tomei a última cerveja como aluno, sozinho, depressivo. Não eu, mas o momento.
Faculdade não serve lá prá muita coisa, definitivamente. Ela te deixa bem mais burro, mais radical. Você começa a torcer o nariz práquele programa de tv que adorava antes, critica qualquer político que faz propaganda no horário nobre, perde a noção de tempo e acha mesmo que o Brasil ainda é um país em 88. Ainda tem aquela responsabilidade de poder sair da sala quando bem entender, cabular aula sem ninguém vir atrás de você prá ameaçar contar pros pais e, por fim, tirar boas notas e passar de anos. Sinceramente não sei se tenho saco prá outra faculdade, outro curso. Nem de 2, nem de 4 anos. Já estudo sem parar por uns 18 anos, nunca repetí nenhum, haja paciência. Minha vista é bem mais pobre graças àquelas xerox mal tiradas de livros dos anos 60 que a faculdade te obriga a ler.
De lembranças boas vou levar algumas amizades que fiz, mas isso é prático e lógico. Das ruins, alguns desentendimentos com professores e "colegas", todos já parcialmente resolvidos até um próximo conflito. Agora, faculdade só pra ajudar no TCC do Animal, tomar umas cervejas no Creysson (pois é) e atravessar o campus prá pegar lotação mais perto.

Tchau prá quem é de lá e visita esse espacinho na internet, vez ou outra.
Adeus à vida universitária.