terça-feira, março 14, 2006

After the "bip", you already know what to do.

After the "bip", you already know what to do.

Segundo Dalai Lama, um cara muito sagaz, "O Homem nasceu para ser feliz".
Após uma pérola dessas soar os ouvidos de milhões ao redor do mundo e virar ideal de vida para tantos, não é de se assustar que bandas como o Creed façam sucesso. No Brasil a bagaça fede mais ainda. Temos que encarar os Detonautas rimar "o céu, o sol e o mar", o B5 copiar todas as músicas do Dashboard Confessional e ver o Hateen desafinando em rádios FM e já ganhar até o peculiar gosto musical da minha mãe.
Como no ensino, poderia se usar o lema PSDBista: a melhora tem que partir das bases! Mas, como fazer isso, se em nossas bases temos o NxZero, Glória (do meu amigo Mi, mas que é uma porcaria), o Envydust (de amigos também, mas outra coisa nula), entre tantas outras? É como pegar o Robinho, sucesso no futebol, e falar:
"- Olha, imita ele! Faz igual, que dá certo!". Mesmo que você se torne um analfabeto absoluto e diga que "nós vamos trabalhar prá ajudar a melhor maneira possíveis", você terá seu espaço no reluzente céu do sucesso. O céu, digno dos católicos que trabalham, fazem suas preces e pedem a Deus que não os castiguem por terem espancado a mulher minutos antes.
A música em geral está uma grande pilha de esmegma. Salvas raras excessões, que por serem opiniões minhas não devem ser cotadas aqui - só coto as ruins, que também são opiniões minhas, que são opiniões muito balisadas e fodas - não nos resta muita coisa. Falam horrores da Pitty e de sua horda de garotinhas com cinto rebitado, do CPM 22 e suas fãs de calcinha molhada, mas eles fizeram sua parte e fizeram muito bem: apareceram no mainstream, capturaram as almas jovens e revoltadas do país e pronto. Parou por aí. Não quiseram inventar nenhuma revolução, moda, obrigar o Faustão a saber cantar as músicas, nada disso. Ao contrário do que se vê nas esquinas de SP, dominadas por cartazes, lambe-lambes e flyers de bandas que saem da caixa de ovos já estragadas desde a cloaca da galinha.

Digo tudo isso por pura indignação.
Se já não bastasse o Flicts ter acabado, agora, é a vez do Invisibles.
Quem conhece, ótimo. Quem não conhece, bem... que se dane mesmo.
Mas eram bandas acima da média. Todas com uma linha estreita e concisas nas melodias, temática e estilo de show. Sim, coisa que banda alguma decente tem hoje em dia.
Sábado me pararam na saída da pista do Madame Satã:

- Ow! Seven Elevenz, né?
- Isso! Er... beleza?
- Beleza! Po, o que você tá fazendo aqui?
- Eu... perae... cara... quem é você, mesmo? Te conheço?
- Não! Sou fã da banda! Tenho cd e tal... fui em 2 shows já...
- Po, legal hehe... valeu...
- E acabou mesmo? Por que não vai voltar?

Pensei em trezentas coisas prá responder, mas...

"- E prá que voltar?"

Aí ele deu uma risadinha sem graça e me ofereceu um drink.

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