Solavancos

Passei pelo meu calvário desse ano, tenho certeza. Quatro dias de penitência, para ser exato. Do último post para cá, castigo ou não, peguei uma baita gripe. Não daquelas em que o nariz escorre/entope, o corpo fica cansado com mais facilidade... eu cheguei ao ponto de ficar com 39,2 graus de febre, isso, na segunda-feira. Na mesma noite, tomei 2 injeções milagrosas e o porco que habitava o corpo do Koelho foi-se embora. Gostaria que o tormento tivesse acabado por aí, mas não.

Passei por uma das coisas mais humilhantes e constrangedoras que um ser humano pode enfrentar: uma crise de soluços. Sentado aqui, na mesa do trabalho, a cada solavanco eu balbuciava um palavrão diferente. Foram exatos 12 ataques - sim, eu contei - da terça para a quinta feira. Para melhorar, os soluços vinham acompanhados de uma azia quase tão insuportável quanto um discurso do Serra.

Eis que aconteceu algo que eu só tinha visto em comerciais de televisão. Meu pai recomendou que eu tomasse um daqueles antiácidos líquidos, que têm o nome de remédio de criança e tudo mais. Quatro colheres de sopa depois, a azia havia desaparecido. Mais impressionante ainda: o soluço, também. Instantaneamente.

Antes de dormir, vi os números da Mega Sena.
Quase minha azia voltou, junto com o soluço, a febre, os porcos...
Pela segunda vez em menos de um mês, eu acertei 3 números do sorteio, o que é bem legal, mas não rende R$ 1.

Melhor voltar a trabalhar, sem muitos solavancos no caminho!