domingo, novembro 19, 2006

Koelho de Neve

Koelho de Neve

Meu pai, depois de eu ter pego o carro pela primeira vez, não me deixa mais dirigir. Não sei se por ter vencido minha carta, por eu já ter assumido odiar carro ou por ter dado duas "batidinhas" de leve. Sei que ontem, ele me impediu de ir motorizado a um show aqui do lado, por eu não pegar o carro há muito tempo. Irônico, afinal, ele não me deixa mais pegar, quando preciso. Enfim, hoje de manhã fomos até a Telhanorte comprar coisas pra reforma de casa (fato que me deixará sem vida social por um mês, mais ou menos). Para irmos os três, "me, mon and daddy", deixamos o cachorro na minha avó. Ela aceitou de boa, adora o Rocco. Mas deixou de ir num almoço na casa da filha do namorado dela. Sim, ela tem 75 anos e namora. Com remorso, papai quis retribuir a mancada levando a velhinha até a casa da dita cuja acima. E quem ele escolheu para a caridade? Eu, claro. Sempre sobra idiotas para essas missões altruístas. Pesquisei como chegar no endereço no Apontador, peguei as chaves e soquei a idosa no carro. Até metade do caminho, me encontrei bem. Depois, me perdi por mais de meia hora, entre ruelas e becos sem saída. Uma chuva torrencial caiu sobre o carro e nem fumar eu pude. Ainda tinha que aguentar comentários como "Acho que a gente deveria voltar!", sendo que eu já tinha percorrido 80% do caminho. Nenhum aborígine daquela região sabia o nome das ruas. Era um festival de "Passa a rotatória, vira a esquerda. Ae... ae... tá quase lá, você pergunta de novo!" que eu estava a ponto de acumular uns 7 pontos na CNH vencida e cometer homicídio. Depois que liguei para a vadia da filha do namorado de minha avó, descobri que o "ponto de referência" que ela me deu, era apenas a uns 3km da casa da maldita. Que maravilha! Contornei a padaria "Viva a noite" e percorri toda a extensão do Sítio das Corujas. Pobres corujas, mal sabem que vivem no inferno. O Sesc Interlagos já tinha virado paisagem a mais de vinte minutos e nada de chegar na casa. A rua era tão pequena e estreita, que um Gol, praticamente, passava arrastando retrovisores vizinhos. Quando deixei Terezinha em seu destino final, ela me agradeceu com um "brigado, Rafa!".

E isso foi meu domingo. Dirigir por quase duas horas no meio do nada.
Levar a vovó pra casa do Lobo Mau. Afinal de contas, aquela porcaria de bairro só pode ser, mesmo, no meio de uma floresta. Que o caçador a confunda!
Ah pá puta que pariu!

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