quarta-feira, novembro 15, 2006

Holiday in Cambodia

Holiday in Cambodia

Ontem, na triagem da doação de sangue do Hospital Santa Catarina, confesso ter ficado apavarado. Fazem tantas perguntas, algumas que você não responde nem pros amigos mais chegados, que eu duvido que 50% das pessoas que passam por ali sejam totalmente sinceras. São coisas do tipo "você já deu a bunda? / usou drogas? / quais? / quando?". Ou pior: "com quantas parceiras você teve relações sexuais no último ano? / todas com camisinha? / alguma delas era promíscua?". Po, como vou saber? Minha memória não anda lá essas maravilhas. Mas mesmo assim passei pela trincheira, deitei na maca vendo Terceiro Tempo e lá se foram uns 500ml do meu O+.
Sei, apenas, que doei com gosto, sangue para meu amigo Gigek, que continua internado com Leucemia. A sensação de ajudar alguém, independente de quem seja, é algo que não tem preço.
Falando em memória, para as coisas mais inúteis, ela ainda continua intacta. Hoje, o MSN simplesmente entrou em colapso, por mais de duas horas (até agora). Não recebe mensagens, não envia, e deixa de ser o único escape para quem perde um feriado dentro de casa. E não venha me falar em "ler um livro", porque feriado de meio de semana não serve para nada, além de conversar um tantinho que seja pela internet. No mais total desespero, baixei o ICQ e comecei a ter espasmos de memórias enterradas por anos a fio. Lembrei da senha na segunda tentativa, e abriu aquela lista enorme de nomes em vermelho, como se fossem lápides de um passado bem interessante. Ex-namoradas, ex-amigos, muita coisa mesmo. Aquele magnífico Oh-Ow! só tocou uma vez, por um amigo mais desesperado do que eu, caçando gente para conversar - em vão.
Agora acho que vou voltar às minhas mp3 enquanto arrumo o quarto. Depois tem jogo do Brasil na tv, que vai ser um saco, mas... bem, é feriado.

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