quarta-feira, setembro 20, 2006

Negocito

Negocito

Finalmente consegui mais um freela. Fazer esse tipo de "serviço" é bem estranho. Um fulano qualquer entra em contato com você (ah! os contatos...), te pede algo, você se vira para fazer e entrega para a pessoa. Aí, ela vê o trabalho, avalia e dá o preço. Sempre é abaixo do que você espera, mas, é algo. Estipular um valor antes mesmo de fazer, 70% das vezes é furada. E não adianta dar uma de camelô, lançando um valor alto para o cara ir baixando a bola até que você fique, minimamente, satisfeito. Esse povo é bem mais esperto do que os vendedores do Lgo. 13 de Maio ou Acari. São quase agiotas, diga-se de passagem.
O que me apareceu agora, não é o mais legal de todos, mas parece ser o mais estável - se é que isso existe para freela. Alguém da minha faculdade, do curso de Jornalismo, que trabalha na mesma empresa do meu pai, viu meu TCC e está usando como "base" para o trabalho dela. Eis que a revista rodou por lá, outro alguém viu, se interessou e entrou em contato com meu velho. Agora, eu escrevo para a seção de "cultura" da revista que a empresa pretende colocar em circulação, interna, claro.
O problema é que o tema "cultura" é um tanto quanto vasto e vago. Tudo é cultura: futebol, política, economia - se bobear, até trânsito. Quando fui conversar com o cara que, teoricamente, "me contratou", fiquei perdido. O Chino é peruano, boliviano, venezuelano ou coisa que o valha. Enquanto folhava a revista e falava numa velocidade similar a dos Cavaleiros do Zodíaco, eu ia tentando compreender as palavras, anotar num papel e tirar algumas dúvidas.

- Então, o que eu vou fazer é escrever sobre cultura em geral, né?
- Si, si. E também quiero una nasbhdaos7uasnodua9hfadoiah...
- Ahn, tá... sei...
- Se possible, por favor, me prepare un sjtwekashasqw´dhaskj...
- Aham, ok... entendo...
- Finalmente, quiero que me passe ahahrfklwehwqnddwqkq12nsda´~,...
- Errr... desculpe. O que você quer é mais ou menos isso aqui, né?! [aponto pra revista]
- Si, si! Exactamiente!
- Ah, tá!

Agora sou quase igual o Rudá: um funcionário de algo que você não é funcionário, até que o trabalho termine ou, que eles percebam que você não entende quase nada do que eles pedem.
Bacana!

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