quarta-feira, setembro 13, 2006

Desce macio e reanima

Desce macio e reanima

Hoje, volto com mais... bago, para fazer um novo texto aqui.
Esses dias, conversando com um amigo, o papo (pra variar), saiu de política e futebol e caiu em mulheres. Ele é um cara bacana, até bem apessoado, com um emprego deveras legal e que o faz se sentir útil para a empresa e tudo mais. Tem carro, um celular modernão, toca no violão aquelas músicas que derretem algodão e calcinhas sem costuras. Mas não consegue parar 2 meses com uma mesma garota. Não por elas, por ele. Tendo tudo isso, não vê necessidade de se privar de algumas regalias de solteiro (que para ele e para mim são as mesmas - bar, amigos, bar, amigos) para sentir-se bem. A diferença é que ele tem todos aqueles adjetivos das primeiras linhas e eu não. Comentou sobre uma garota, amiga de trabalho, que há meses tenta algo mais "sério" com ele. Ela também é tudo aquilo que ele sempre quis numa garota: gosta dele, é bonita, tem uma boa grana e não está desesperada atrás de um relacionamento pré-carnaval. O problema é que ele, mesmo assim, ainda não sabe ao certo qual o estilo de mulher para ele, se é que isso existe, na verdade. Ele imagina que essa mulher, deveria ser igual a ele, em todos os aspectos. Mas desse modo, eu creio que nunca iriam sequer se encontrar numa padaria, na fila do pão, enquanto lêem o jornal. Aí eu dei uma idéia: fale algo que, com certeza, sua "mulher ideal" não poderia ser. Ele pensou bastante, tomou uns três goles da cerveja, já quase quente, e soltou: "Não pode reclamar que eu prefiro uma mesa de bar, às vezes, do que um cineminha de Almodóvar com ela!". Juro que me espantei. Nunca pensei que ele soubesse o que fosse Almodóvar, muito menos que ele conseguisse pensar tão rápido, antes da próxima garrafa. Na minha vez, eu fumei uns 2 cigarros, tomei uns quatro copos, tentei mudar de assunto e, no final de tudo, ele perguntou - já impaciente:

- Porra, Koelho! Fala logo! O que a sua "mulher ideal" não poderia ser!?
- ...
- ...! Vai, caralho!
- ...acho que ela não acreditando em tudo que o Djavan canta, já tava bom.

Daí pedimos um conhaque, porque tentar se encontrar ideal numa coisa tão idealizada, é meio complicado.

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