terça-feira, agosto 02, 2005

Experimenta! Experimenta!

Experimenta! Experimenta!

Quem aqui já tomou Itaipava? Saca aquela cerveja que vem com um hímen sobre a lata, para que o prazer masculino ao se degustar uma cerveja seja duplicado? Pois então, essa aí. Eu tinha uma horrenda aversão à ela, depois que uma única garrafa fez com que eu e o Rudá pegássemos trauma de beber o mijo dos anjos, gorfamos horas e horas durante... er... horas e horas. Chegamos ao ponto de ir pra um local com consumação livre, sem utilizá-la. Com a Nova Schin foi quase a mesma coisa. Além daquela propaganda repetitiva passando a cada minuto na televisão, todo mundo sabia que no fundo, ela continuava uma porcaria. Não tomava, até começar a frequentar o Madame Satã e perceber que ela reina no recinto. E já que R$ 25 por open bar não se discutem, que venha ela mesmo. Afinal, a repetição leva ao hábito. Agora, se tem uma cerveja que sou fã, e só eu sou fã, essa cerveja é a Kaiser.
Claro, ela era uma porcaria há uns 5 anos atrás. Aí, veio a Nova Kaiser, que sabe-se lá por que, continuou sendo chamada apenas de Kaiser (e tiraram aquele anãozinho bigodudo com cara de comunista porreante das propagandas). Ela ficou muito boa, e eu e papai nos enchemos de cevada nas manhãs de domingo graças a isso. Por que não temos preconceito!!!
Ninguém tem coragem de pedir uma Kaiser quando se está numa roda de amigos. "É cerveja de pobre", "é ruim prá burro", "as modelos dos cartazes não são tão gostosas", são algumas das justificativas dadas para se evitar ter o filme queimado no boteco. Tem nêgo que acha lindo chegar num lugar qualquer com aquela garrafa de refrigerante com cachaça. Mas Kaiser? Ah, não... nem um pouco cool.
Mas agora, tudo mudou! A Kaiser conseguiu algo único: fazer o caboclo querer pedir Kaiser, mesmo sem gostar. Como? Explico:
A cerveja mudou novamente, caso não saibam. Está mais leve ainda, porém, sem perder o teor alcoólico de 4,5% (quase um padrão nacional). Parece chopp bem gelado, desce macio e reanima (clicê rox!). Até aí, que se dane. O que isso pode fazer para que as vendas aumentem, e o povo tome Kaiser?
Bem, mulher bebendo um belo copo de cerveja é uma cena linda, quase épica, mais ainda há uma certa resitência da pererecada: "Ah, é muito amarga!", "Ah, eu não engulo!". Nessa versão da Kaiser, aquele gostinho amargo diminuiu, principalmente no decisivo e essencial primeiro gole. O rótulo também mudou, está com formas mais "graciosas". Ou seja, a cerveja está mais feminina.
Portanto, a mulherada vai começar a tomar cerveja. Que elas troquem de marca depois, mas começarão pela Kaiser. E como todo mundo sabe que homem só gosta de ver mulher beber porque sabe que pode pegar ela sem defesa, essa nova cerveja será um sucesso de vendas, e irá trazer a alegria para donos de bares e motéis por todo o país.

Eu sei que sou muito inteligente, não precisam comentar isso.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial